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Novo presidente do Eurogrupo deve ser fator de união

Novo presidente do Eurogrupo deve ser fator de união

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou em Bruxelas, esperar que o futuro líder do Eurogrupo seja capaz de ajudar à construção de consensos e ser um fator de união entre todos os países da zona euro, à imagem do papel que tem sido desempenhado pelos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, que considerou como “duas mais-valias” para o projeto europeu.
Novo presidente do Eurogrupo deve ser fator de união

“Podemos contar com Jean-Claude Juncker na Comissão e com Donald Tusk no Conselho, são duas mais-valias que nós temos tido. E esperemos que rapidamente, com a mudança da presidência do Eurogrupo, possamos também ter no Eurogrupo um novo presidente capaz de dar um sinal positivo para a construção dos consensos que são essenciais para podermos ter uma zona euro mais estável e que seja um fator de união entre todos os países da zona euro”, defendeu o chefe do Governo português, referindo-se à previsível sucessão de Jeroen Dijsselbloem.

O ministro das Finanças holandês, que lidera o colégio dos homólogos da zona euro, cumpre um segundo mandato que termina em janeiro do próximo ano, mas poderá cessar funções mais cedo em função do resultado das eleições legislativas na Holanda, agendadas para o próximo dia 15 de março.

Sinal de unidade

Durante cimeira, que decorre em Bruxelas, António Costa assinalou também a reeleição de Tusk na presidência do Conselho, como tendo sido, “em primeiro lugar, um sinal de unidade” e de que os parceiros “não estão disponíveis para ver contaminado o debate europeu por questões de política interna”.

“Em segundo lugar”, acrescentou o primeiro-ministro português, resulta “de uma avaliação globalmente positiva que todos fazemos do esforço e do trabalho de Donald Tusk, que tem procurado construir pontes entre os diferentes Estados-membros – os do Leste e do Ocidente, os do Norte e do Sul, os pequenos e os grandes -, num contexto que, como todos sabemos, tem sido difícil para a União Europeia”.

António Costa fez ainda questão de salientar, a propósito da recondução de Tusk apenas não ter recolhido o voto do seu próprio país, a Polónia, que a “boa tradição portuguesa” de apoiar os candidatos nacionais, é uma prática que nos deve honrar.

“Nem todos têm a boa tradição portuguesa, de apoiar os candidatos nacionais”, disse aludindo à candidatura de Durão Barroso à liderança da Comissão Europeia e, mais recentemente, de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas.

“Estas são boas tradições, que aliás nos devem honrar”, concluiu o chefe do Governo português.