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Novas barragens vão deixar Portugal menos dependente

Novas barragens vão deixar Portugal menos dependente

O secretário de Estado da Energia defendeu hoje na Assembleia da República que o Plano Nacional de Barragens é uma forma de deixar Portugal menos dependente do mercado energético exterior. O plano nacional de barragens prevê a criação de 11 500 novos empregos directos e 30 mil indirectos.

“A vantagem é clara: ficamos com muito maior controlo do nosso mercado energético. Muito menos dependentes dos mercados internacionais”, disse Carlos Zorrinho aos deputados da comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.
De acordo com Carlos Zorrinho, Portugal já está perto de ter 20 por cento da sua energia baseada nas renováveis, tal como prevê a meta da União Europeia.
“Estamos perto dos limites impostos por Bruxelas. Vamos estar em condições de exportar energia não para Espanha, mas para além de Espanha, para países que não podem cumprir a regra dos 20 por cento”, afirmou.
Segundo o secretário de Estado, este ano foi excepcional em termos da produção de energias renováveis.
“De tal maneira que a Associação Portuguesa de Energias Renováveis prevê que tenhamos tido uma produção de 73 por cento de toda a electricidade baseada em renováveis, o que, aliás, foi muito reflectido na factura energética do país. O país gastou muito menos com combustíveis fósseis”, disse.
Zorrinho salientou que o Governo está confiante da aprovação de Bruxelas ao plano de barragens Português, de forma que não tem um “plano B”.
“É evidente que o Governo respeitará a posição de Bruxelas, mas estamos convencidos de que, no final deste processo, vamos conseguir o valor [de cotas] definido” por Portugal, disse.
“Não estamos ainda a ponderar planos B porque achamos que o plano A é viável”, acrescentou, salientando que, paralelamente à construção de novas barragens, “estão a ser feitos reforços de potência nas barragens já existentes” e que será adotado um plano integrado de desenvolvimento de mini hídricas.
O secretário de Estado revelou ainda que “está em negociação com vários parceiros” um novo cálculo de pagamento aos municípios para compensação pela construção de barragens.
“Este projeto é um projeto que ainda está numa fase embrionária”, afirmou, salientando que “é evidente que quer a Associação Nacional de Municípios Portugueses quer o Governo querem encontrar fórmulas de equilíbrio global”.