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Mobilidade é prioridade política para Lisboa

Mobilidade é prioridade política para Lisboa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, reforçou que a mobilidade, de que a gestão dos transportes públicos é a espinha dorsal, irá continuar a ser uma prioridade política do atual Executivo para a cidade. Em entrevista à SIC Notícias, o autarca socialista revelou ainda que um anúncio sobre a sua recandidatura, quando o calendário eleitoral se encontra a 9 ou 10 meses de distância, será feito “a seu tempo”.
Mobilidade é prioridade política para Lisboa

Abordando a transferência da gestão dos transportes públicos na capital, que será assumida pelo município a partir de 1 de fevereiro, Fernando Medina afirmou que os lisboetas irão começar a beneficiar de “melhores transportes públicos” ao longo do ciclo dos próximos três anos, através de melhorias na rede, aumentando e qualificando a oferta.

“O que vamos desenvolver é um programa de alargamento da oferta da Carris, seja através de linhas rápidas mais eficazes, mas também através do desenvolvimento de linhas de bairro”, explicou, enfatizando que “os transportes públicos são a espinha dorsal da mobilidade em qualquer cidade desenvolvida”.

Ainda sobre a política municipal para os transportes públicos, Fernando Medina destacou a prioridade de investir numa alteração nos tarifários dos passes, atendendo à perda de 100 milhões de passageiros, muitos dos quais utentes idosos que não tiveram capacidade de acompanhar o aumento de preços praticados.

“A partir de 1 de fevereiro os passes para quem tem mais de 65 anos ou é reformado baixarão de mais de 27 euros para 15 euros”, assim como a gratuitidade para “todas as famílias com filhos até aos 12 anos”, revelou. “É um direito de cidadania da cidade de Lisboa”, defendeu o autarca socialista.

Solução de Governo tem provado bem

Fernando Medina abordou também a atualidade política, referindo-se, em particular, à posição do principal partido da oposição sobre a questão da TSU, votando “contra aquilo que sempre defendeu”, o que, no entender do dirigente socialista, inaugura uma nova fase da vida parlamentar onde é visível que “Passos Coelho está numa estratégia só de preservação própria do seu poder”.

“A grande novidade que há é do PSD, que inaugurou uma nova fase da vida política parlamentar, em que escolheu uma política da terra queimada”, apontou, acrescentando que não traz grande auspício para o futuro “um partido que faz oposição não na base das suas ideias e das suas propostas políticas, mas simplesmente na base de ser contra tudo só para causar dificuldades no Parlamento”.

Medina sustenta que a solução política que apoia o Governo “tem provado bem”, respondendo ao que o país precisava, “de mudança da orientação política ao mesmo tempo que se assegurava o cumprimento das nossas obrigações europeias”, devendo agora prosseguir um desafio acrescido, até pela posição que o PSD está a revelar.

“É preciso aprofundar o diálogo e aprofundar os elementos de convergência”, tendo “muito mais atenção sobre o que está a acontecer no quadro parlamentar”, advogou.

Ressalvando, a pretexto de uma alternativa à descida da TSU, a importância de preservar a concertação social, Fernando Medina expressou o desejo de que se alcance uma solução em que “sejam os partidos à esquerda a entenderem-se sobre essa solução”, porque seria, como vincou, “um sinal também muito claro ao PSD”.