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Ministro do Ambiente garante “não existir risco iminente de derrocada” nas Minas da Panasqueira

Ministro do Ambiente garante “não existir risco iminente de derrocada” nas Minas da Panasqueira

O ministro do Ambiente e Transição Energética garantiu hoje que a escombreira com deposição de lamas tóxicas decorrentes da exploração das Minas da Panasqueira “não está com risco iminente de derrocada”, de acordo com um estudo do LNEC.
João Pedro Matos Fernandes

“Aquilo que vimos na reportagem televisiva é assustador e o ministério solicitou de imediato uma inspeção ao LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) , que já nos entregou o relatório, o qual não identifica como iminente uma derrocada, mas não diz que o maciço está estável”, disse João Pedro Matos Fernandes.

O ministro do Ambiente e Transição Energética falava na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, a requerimento do Bloco de Esquerda a propósito da escombreira com deposição de lamas tóxicas no Cabeço do Pião, decorrentes da exploração das Minas da Panasqueira.

João Pedro Matos Fernandes começou por referir que o início da história conta com mais de um século, com lamas depositadas até 1993, ano em que as minas deixaram de prosperar.

De acordo com o ministro, é necessário “definir a prospeção geotécnica”, ter um “programa de observação” e elaborar “um plano de emergência, rapidamente”.

Segundo o governante, a “responsabilidade de gestão” dos terrenos pertence à Câmara Municipal do Fundão, que assumiu “o território com o ónus daquilo que já lá existia”.

Para João Pedro Matos Fernandes, não restam dúvidas de quem tem de resolver o problema das lamas tóxicas: “A Câmara do Fundão (…) e a empresa Beralt Tin and Wolfram [têm] de partilhar a responsabilidade. Não tenho a menor duvida que são eles que têm de responder face ao problema”.

O governante garantiu ainda que o Estado “não se demite das suas responsabilidades políticas” de forma a garantir que “não existe nenhum acidente de forma imediata”.

Aos deputados, o ministro assegurou que o ministério “está e vai agir”, adiantando que o próximo passo “é responsabilizar quem ali colocou os resíduos” e “instar a câmara a assumir para depois trabalharem em conjunto o risco de derrocada e a realização de uma bacia capaz”.