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Mensagem do secretário-geral

Logo PSNo dia em que se assinala um ano do meu mandato como Secretário-Geral do PS quero sublinhar que o nosso partido traçou um caminho onde se afirmou como uma alternativa responsável.

Assumimos os compromissos em defesa dos interesses de Portugal e soubemos interpretar o contexto nacional e internacional. Fomos norteadores da mudança em defesa de políticas promotoras do emprego e do crescimento económico. Há um ano éramos uma voz isolada. Hoje, a defesa da aposta no crescimento e emprego é um objectivo apoiado por muitos, em Portugal e na maioria dos governos europeus.

Fomos também pioneiros no combate a uma política assente exclusivamente na austeridade. Hoje ganha consenso a necessidade de a crise só poder ser ultrapassada com um outro eixo: o do crescimento.

Estes são apenas dois dos muitos exemplos em que nos afirmámos como uma alternativa responsável onde conjugámos os compromissos do passado com os novos desafios do presente e do futuro.

Mais do que fazer o balanço deste ano, é mais relevante traçar os objectivos da nossa acção política para o futuro. Sempre com o propósito de colocar os interesses de Portugal em primeiro lugar e atribuir como prioridade a ultrapassagem da actual crise económica e social que atinge profundamente os portugueses, a nossa acção política está centrada em três objectivos:

– promover o crescimento e reduzir a austeridade, designadamente alargando por mais um ano o prazo do memorando, e promoção de uma Nova Agenda para o Emprego e para o Crescimento com medidas efectivas a favor do crescimento económico e do emprego. É possível e desejável consolidar as contas públicas conciliando crescimento económico com rigor orçamental. Este é o caminho alternativo à receita da austeridade a qualquer preço executada pelo actual Governo.

– evitar a degradação da qualidade de vida da classe média, dos mais pobres e das pessoas mais vulneráveis. Recusar políticas assentes na diminuição salarial e das reformas. Empobrecer e emigrar não é a solução. Devemos cumprir as metas do memorando sem pôr em causa a coesão social. Há compromissos externos que devemos honrar, mas não podemos rasgar o nosso contrato social, ou seja os nossos compromissos internos.

– preservar o Estado Social. Garantir uma das mais importantes conquistas dos portugueses: o acesso a saúde, educação, justiça e a sustentabilidade do actual sistema de segurança social. Admitimos melhorias e adequação do Estado Social aos novos desafios de uma sociedade onde é muito baixa a taxa de natalidade e milhares de portugueses em idade activa emigram. Mas nunca, nunca, aceitaremos a destruição do Estado Social tal como este governo se prepara para fazer.

Sem pressas e com total responsabilidade do papel que o PS desempenha na sociedade portuguesa, estes são os vectores que traçam o nosso rumo. Fiéis aos nossos valores, com elevado sentido da responsabilidade e do interesse nacional, afirmando as nossas diferenças ideológicas e apresentando propostas para resolver os problemas dos portugueses. Como sempre digo, tanto se serve Portugal no governo, como na oposição. E nós vamos continuar a servir Portugal. Recusando os caminhos fáceis do populismo e da demagogia. Apostamos em fazer política de outra forma. Pela positiva. Não prometendo nada que não possamos fazer quando formos Governo. Refutamos a política da trincheira que nada resolve e afasta os cidadãos da política.

Continuaremos em pista própria, com a força tranquila de quem sabe o que quer e por onde vai. São as nossas ideias, as nossas convicções e a interpretação que fazemos do interesse nacional que ditam o nosso caminho, a nossa postura e os nossos sentidos de voto.

Em simultâneo vamos continuar o trabalho interno que estamos a desenvolver, aproximando mais o PS dos seus militantes e dos portugueses em geral. Com capacidade crítica, com pluralismo e com o contributo de milhares de independentes estamos a preparar uma alternativa credível.

A nossa credibilidade é uma mais valia a que vamos juntar outros atributos de forma a conseguirmos um programa político que, dentro de três anos, seja vitorioso pela vontade dos portugueses.

Agradeço todo o apoio que tenho recebido das portuguesas e dos portugueses, militantes do PS e independentes. Estamos juntos! Por Portugal e pelos portugueses.

António José Seguro