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Margarida Marques defende um novo Contrato Social para uma Europa mais justa

Margarida Marques defende um novo Contrato Social para uma Europa mais justa

A deputada socialista Margarida Marques defendeu hoje a necessidade de um novo Contrato Social para a Europa, considerando que as eleições europeias são “o bom momento” para uma mudança radical que permita construir uma União Europeia mais justa e solidária.
Margarida Marques

“A Europa precisa de uma mudança de liderança e de orientação política, abandonando modelos neoliberais e conservadores, finalmente, respondendo às expectativas dos cidadãos”, defendeu a deputada e candidata na lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.

Para Margarida Marques, só com essa “mudança radical” é possível “construir um projeto europeu para o futuro” que permita superar as desigualdades, lutar pela justiça fiscal e combater a evasão fiscal, combater a ameaça das alterações climáticas, gerir as migrações de forma mais solidária e garantir a todos os cidadãos segurança, proteção e prosperidade, sem “deixar ninguém para trás”, nem “deixar para trás nenhum território”.

De duas citações do discurso de Mário Soares, em 1976, na Cimeira “A Europa Connosco”, no Porto, que começou por recordar na sua intervenção, a deputada retira “dois ensinamentos”: que “a UE é um processo em construção, inacabado, imperfeito” e que “a pertença à UE está na génese do PS”.

“O PS é um partido profundamente europeísta, como o são aliás os portugueses”, afirmou, recordando que foi na Europa que se fez, “com a solidariedade dos partidos irmãos europeus mesmo ainda na ditadura”. “Tem consciência de que o lugar de pertença de Portugal é a UE. Era-o em 1976, como bem o percebeu o visionário Mário Soares. É-o em 2019”, acrescentou.

A partir do “primeiro ensinamento” de Mário Soares, Margarida Marques considerou que a União Europeia está hoje “profundamente sujeita a criticas” por um conjunto de políticas que levaram a que muitos europeus deixassem de “acreditar” e de “ver na UE um espaço de solidariedade”, levando, por sua vez, os movimentos populistas e a extrema direita europeia a aproveitar-se dessas fragilidades “para mobilizar os cidadãos contra o projeto europeu”.

Do “segundo ensinamento” do discurso do fundador do PS, Margarida Marques deixou um aviso aos partidos que defendem a saída de Portugal da Europa, lembrando ainda o “sentido de responsabilidade crítica” deste Governo nas instituições europeias, “bem diferente da do governo anterior”.

“Enganam-se aqueles que acham que o nosso lugar é fora da UE. Não, não conseguiremos responder, nós portugueses nem nenhum outro povo europeu isoladamente, aos desafios mundiais, sozinhos no mundo”, afirmou, garantindo que o PS, tal como tem feito este Governo, não abdicará de “influenciar fortemente as políticas europeias para que elas sirvam melhor a Europa, Portugal e os portugueses”.