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Mais de 96% das casas de habitação permanente estão reconstruídas

Mais de 96% das casas de habitação permanente estão reconstruídas

Dois anos após os incêndios que afetaram a região Centro do país, em outubro 2017, 792 casas de habitação permanente que forma destruídas estão já reconstruídas e entregues às famílias, o que representa cerca de 96,5% do total de primeiras habitações atingidas.
Mais de 96% das casas de habitação permanente estão reconstruídas

“No programa de reconstrução das habitações [permanentes] temos incluídas 822 casas e dessas estão concluídas 792, cerca de 96,5%”, adiantou a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), acrescentando que as 30 casas ainda em reconstrução, incluídas no programa de apoio apenas em 2019, deverão começar a ficar concluídas em 2020.

“Isto significa que conseguimos, para várias famílias, resolver os problemas”, uma vez que muitas destas casas não reuniam, numa fase inicial, condições de elegibilidade ao programa, explicou a responsável.

“Um ano depois [da implementação do programa de apoio] ter 96,5% das casas construídas e entregues deixa-me muito satisfeita”, sublinhou Ana Abrunhosa, enaltecendo o esforço conjunto que envolveu equipas técnicas e autarcas.

O programa de apoio envolveu 58 milhões de euros para a reconstrução das 822 habitações, que tiveram um limite de 650 euros por metro quadrado, incluindo as demolições, os projetos de arquitetura, construção, fiscalização e apetrechamento.

Na parte empresarial, que somou 268 milhões de prejuízos, foi criado o programa Repor para reposição da capacidade produtiva, que, até ao momento, apoiou 372 empresas, que vão realizar um investimento de 131 milhões de euros, com 100 milhões financiados pelo Estado, e reter ou criar 4.221 postos de trabalho.

Mais de 1 milhão de árvores no Pinhal de Leiria

No que respeita à área florestal atingida, o Pinhal de Leiria recebeu já, de acordo com os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a instalação de mais de um milhão de árvores, de 20 espécies diferentes, representando a reflorestação de 1.093 hectares.

De acordo com este organismo, foi também implementado, na restante área afetada, um programa de “monitorização da dinâmica de regeneração natural”, abrangendo cerca de 4.480 hectares.

O ICNF explicou que, desde o incêndio de 2017, “apenas decorreram dois ciclos vegetativos, sendo que é necessário um período de três a quatro ciclos para que seja possível identificar os locais onde será necessário reforçar a regeneração natural com plantação”.

Até ao momento, foi investido um montante superior a 1,1 milhões de euros no processo, tendo sido já lançados concursos para operações adicionais de rearborização, no valor de 2,5 milhões de euros.

O ICNF refere ainda que o plano para a recuperação da área ardida no Pinhal do Rei, em Leiria, está a ser cumprido e em consonância com as metas estabelecidas.