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MAI congratula-se por consenso em torno de comissão independente

MAI congratula-se por consenso em torno de comissão independente

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fez questão de realçar esta sexta-feira, no Parlamento, o papel “único e insubstituível” dos bombeiros voluntários no combate aos fogos florestais, tendo valorizado o consenso gerado em torno do trabalho da comissão independente sobre os incêndios de Pedrogão Grande.
MAI congratula-se por consenso em torno de comissão independente

O governante falava no debate parlamentar agendado sobre o relatório da comissão independente que analisou as circunstâncias dos incêndios que começaram em Pedrogão, em junho, tendo vincado a importância do consenso em torno do trabalho desenvolvido, de que resultou um documento que serviu de base para as medidas avançadas pelo Governo no Conselho de Ministros extraordinário do passado sábado.

Na sua primeira intervenção na Assembleia da República enquanto ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita sublinhou a intervenção estrutural que o Governo definiu para as zonas afetadas pelos incêndios, nomeadamente para a valorização do potencial das regiões circundantes, assim como o conjunto de apoios de reconstrução e recuperação das empresas.

O governante destacou ainda o “papel decisivo” que as associações nacionais de municípios e de freguesias, com as quais o Executivo está empenhado em trabalhar de forma muito próxima, irão desempenhar na política de prevenção, tendo insistido também na importância da limpeza das áreas de segurança em torno de habitações, aldeias e estradas.

“O Governo está a fazer a sua parte”, afirmou, acrescentando que espera e valoriza as propostas e contributos de todas as bancadas parlamentares.

Reformas indispensáveis ao país

Intervindo também no debate, o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, apelou à obtenção de consenso em torno das reformas da proteção civil e da floresta, que classificou de indispensáveis para evitar catástrofes como as verificadas nos incêndios de Pedrogão Grande.

“Não é possível evitar catástrofes [como a de Pedrogão Grande] no futuro sem que estas duas reformas avancem”, defendeu o governante.

Capoulas Santos lançou, neste sentido, um apelo ao consenso para as reformas da proteção civil e da floresta, lamentando “o azedume” do PSD nas críticas dirigidas ao Governo, “mesmo nestas circunstâncias”.

“Queria voltar a apelar para que, perante um problema que a todos verga e envergonha, seja possível aquilo que o país exige de nós: que tragédias como estas não voltem a repetir-se”, salientou.

O titular da pasta da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural recordou, a propósito, que o Presidente da República tem insistido na necessidade de um pacto de regime para enfrentar o problema dos incêndios florestais.

Depois, dirigindo-se aos familiares e amigos das vítimas dos incêndios de Pedrogão, muitos deles presentes nas galerias do hemiciclo, Capoulas Santos lamentou as mortes e deixou uma garantia.

“O melhor que podemos fazer para homenagear a sua memória é reparar os danos” o mais rápido possível, afirmou.