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Lula da Silva: “Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, criou mais …

Lula da Silva: “Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, criou mais …

O ex-presidente brasileiro Lula da Silva afirmou que “o FMI não resolve o problema de Portugal”, considerando que, “se quiser, a Europa vai encontrar soluções” para os problemas do país.

 

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 “O FMI não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil, como não resolveu outros problemas. Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, o FMI criou mais problemas para os países do que soluções”, afirmou o ex-presidente do Brasil.
À margem de um jantar informal com José Sócrates, Lula da Silva disse ainda que “a Europa é muito grande” e que, “se a Europa quiser, vai encontrar soluções para Portugal, para a Grécia, para Espanha”.
Questionado sobre se o Brasil vai ou não comprar dívida portuguesa, o ex-presidente do Brasil remeteu essa questão para a atual presidente brasileira, Dilma Rousseff, mas deixou um recado: “Eu acho que tudo o que devêssemos fazer para ajudar Portugal deveríamos fazer. Acho que Portugal merece essa compreensão do Brasil”, afirmou.
Em relação à crise política com que Portugal se debate, o ex-presidente brasileiro disse acreditar que “o povo português terá sabedoria suficiente para resolver o problema da crise política”.
“É importante que as pessoas tenham maturidade para compreender as razões da crise económica, detetar corretamente quem é o causador desta crise e sabemos que a atitude mais correta é todo o mundo assumir as responsabilidades para encontrar uma solução para a crise”, afirmou Lula da Silva.
Já José Sócrates disse que “os problemas de Portugal resolvem-se com a confiança dos mercados”, sublinhando que essa é “a única ajuda de que Portugal precisa” e que é nisso que o país está a trabalhar.
José Sócrates destacou ainda “a excelente relação” de Lula da Silva e do Brasil com Portugal: “O presidente Lula foi um grande amigo do nosso país, que se empenhou desde sempre, desde que iniciou as suas funções [de presidente] em estreitar as relações não apenas políticas, culturais e históricas mas também económicas entre Portugal e o Brasil”, afirmou Sócrates.