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Juntas de freguesia vão ser parte ativa da economia circular

Juntas de freguesia vão ser parte ativa da economia circular

No próximo ano as juntas de freguesia vão poder candidatar-se a receber os apoios do Fundo Ambiental com o objetivo de promoverem a economia circular. A garantia foi dada pelo ministro do Ambiente.
Ministro alerta para necessidade de não diferenciar riscos ambientais e financeiros

Falando à margem de uma sessão de apresentação do Plano de Ação para a Economia Circular, que decorreu na passada sexta-feira, na Universidade de Aveiro, João Matos Fernandes lembrou que as juntas de freguesia ao poderem passar a recorrer aos apoios do Fundo Ambiental, passam também a ser parte ativa na promoção da economia circular, ou seja, na “maximização da utilização e da reutilização dos recursos”.

Já a partir do próximo ano, garantiu João Matos Fernandes, o Governo, e particularmente o Ministério do Ambiente, irá trabalhar diretamente com as juntas de freguesia, “naturalmente através de avisos de concursos”, para que “à escala das freguesias”, se encontrem soluções e projetos que “contribuam para que os princípios da economia circular se imponham”.

Mostrando-se otimista quanto à disponibilidade do cidadão comum para colaborar naquilo que são as tarefas de descarbonização da sociedade, o ministro do Ambiente afirmou, contudo, haver ainda “um caminho longo para ser percorrido”.

Para Matos Fernandes, o conceito de economia circular ainda não é totalmente claro para o comum do cidadão, razão mais do que suficiente, como aludiu, para que autoridades governamentais e sobretudo os responsáveis autárquicos “cheguem o mais perto possível das comunidades locais”, o que será decisivo, como sublinhou, para que os princípios da economia circular cheguem mais depressa a toda a gente.

De entre os muitos projetos que as juntas de freguesia podem desenvolver no âmbito da economia circular, o ministro do Ambiente destacou, como exemplos, a criação de oficinas de reparação dos pequenos eletrodomésticos ou projetos para a “redução do desperdício dos bens alimentares”.

O titular da pasta do Ambiente teve ainda ocasião para anunciar que foram já aprovadas vinte candidaturas para financiamento no âmbito do Fundo Ambiental, que vão apoiar novas iniciativas na economia circular. Duas dezenas de candidaturas, como recordou Matos Fernandes, que fazem parte de um conjunto de outras 66 que foram entretanto já apresentadas por empresas e associações, sendo que cada candidatura que for aprovada “receberá um montante que pode ir até aos 50 mil euros”.

A prioridade para estes financiamentos, disse ainda o responsável governamental, é dada sobretudo aos projetos que apontam para a redução de matérias-primas, produtos mais duráveis e mais eficiência energética, “requisitos indispensáveis para conseguir estes apoios”.