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José Sócrates: “Os heróis destes resultados são os professores”

José Sócrates: “Os heróis destes resultados são os professores”

José Sócrates assinalou hoje o “progresso notável” na qualidade da Educação revelado pelo relatório PISA 2009 da OCDE, atribuindo aos professores o mérito dos resultados.

 

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“Os principais agentes da educação em Portugal foram os professores, o mérito destes resultados é dos professores”, afirmou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas no final da apresentação dos resultados do relatório PISA 2009, da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos.
O relatório PISA 2009, que testa os conhecimentos dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, coloca pela primeira vez Portugal “perto da média” dos países participantes no Programa Internacional de Avaliação de Alunos e na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei.
Antes, na intervenção que fez durante a cerimónia de apresentação dos resultados do PISA 2009, José Sócrates tinha já deixado rasgados elogios aos professores, repetindo as palavras da ministra da Educação ao dizer que “os heróis destes resultados são os professores”.
No discurso, José Sócrates fez referência a essas “incompreensões”, aconselhando a leitura de “duas folhinhas” do relatório, onde vêm descritas todas as reformas que o Governo fez desde 2005.
“Desculpem puxar um pouco a brasa à minha sardinha, mas a verdade é que para um primeiro-ministro há estes anos e que passou pelo que passou na incompreensão das reformas ver que finalmente há uma instituição internacional que vem confirmar a justeza de todas as reformas que fizemos é sem dúvida um momento para sublinhar”, declarou.
José Sócrates destacou ainda a ‘queda’ de três mitos que o relatório da OCDE provoca: o mito do facilitismo, o mito do fatalismo e o mito da escolha entre a inclusão ou a qualidade.
“Agora ninguém pode acusar ninguém de ter feito exames fáceis ou dos professores serem permissivos”, salientou, lembrando que o PISA 2009 é um estudo feito por uma organização internacional, com os mesmos testes para alunos de 15 anos em 33 países diferentes.
Por outro lado, o relatório PISA 2009 permite também desfazer o mito do fatalismo, de que “Portugal está condenado a ocupar os últimos lugares da tabela ao nível da Educação, a ideia do fatalismo congénito, de que isto nos está nos genes, no sangue” e de que o país não conseguirá ultrapassar o défice estrutural na área da Educação.
“Isso não é verdade”, defendeu, recusando também o mito de que há que escolher entre a qualidade e a inclusão, pois “é possível melhorar a inclusão sem pôr em causa nenhum aspecto qualitativo”.