home

“Importa quem defenda o país, proteja as pessoas, preserve e desenvolva os serviços …

“Importa quem defenda o país, proteja as pessoas, preserve e desenvolva os serviços …

O líder socialista afirmou hoje que quem quiser uma agenda liberal – e não o reforço das redes de segurança – tem onde votar, mas advertiu que este tempo é incompatível com “tiros no escuro” ou “aventureirismos”.

Ver Fotogaleria…

Ver vídeo…

Na sua intervenção, na apresentação do programa do seu partido, no Centro Cultural de Belém, José Sócrates procurou traçar um quadro de bipolarização entre as propostas do PS e as da oposição à sua direita.
“Onde outros não cessam de revelar leviandade, imaturidade e impreparação, nós mostramos com este programa conhecimento da realidade, sentido da responsabilidade e abertura ao compromisso. Os candidatos e as ideias do PS passam também o teste da segurança, porque o tempo não está para aventuras políticas, para radicalismos ideológicos, nem para tiros no escuro”, declarou José Sócrates.
José Sócrates disse ainda, que na atual conjuntura de crise, importa “quem defenda o país, proteja as pessoas, preserve e desenvolva os serviços públicos e as funções sociais do Estado, que ajudam as pessoas que se encontram em maior risco ou privação”.
“Onde outros não cessam de evidenciar aventureirismo, preconceito e radicalismo, o que nós procuramos é fortalecer as redes de segurança que o país dispõe e procuramos incutir confiança nas nossas próprias capacidades para vencer os desafios que enfrentamos”, contrapôs.
José Sócrates disse que a agenda do maior partido da oposição, “mesmo obscura, é bem real: É a agenda do enfraquecimento do Estado social, da desregulação do mercado do trabalho, das privatizações sem freio e das privatizações sem nenhum critério”.
Para José Sócrates, “a verdadeira escolha política será entre dois caminhos e duas agendas”.
“Quem entender que se deve permitir o despedimento sem justa causa, quem achar que os contratos a prazo podem ser meramente verbais, quem pensar que os desempregados devem ser penalizados nas suas reformas, quem achar bem a privatização da Caixa Geral de Depósitos, quer quiser que o Serviço Nacional de Saúde deixe de ser tendencialmente gratuito, quem for contra a escola pública, pois sabe bem qual a sua opção, porque encontrará essa agenda de ataque ao Estado social nas principais forças da oposição”, afirmou.
Na oposição de esquerda, José Sócrates também disse não encarar alternativa real, frisando que PCP e Bloco de Esquerda “nem se dignaram a reunir com a troika europeia, como se o Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia ou Banco Central Europeu (BCE) fossem uma espécie de intocáveis”.
“Com essas forças que se esgotam na contestação e no protesto o país não pode verdadeiramente contar para ultrapassar a crise política”, acrescentou.
O secretário-geral do PS disse também que a oposição foi rápida em precipitar uma crise política, mas revelar-se lenta a construir, continuando sem apresentar ideias alternativas a pouco mais de um mês das eleições.
 “As forças da oposição, que forçaram a antecipação das eleições, acrescentando à crise económica uma séria crise política, um mês depois da crise que provocaram e a quase um mês da data das eleições continuam sem apresentar o seu programa. Isto quer dizer que foram rápidos em destruir mas são lentos – oh como são lentos – a propor e a construir”, declarou o líder do executivo demissionário, recebendo então uma prolongada salva de palmas.
Segundo Sócrates, estas forças da oposição “estavam preparadas para precipitar a queda do Governo na primeira oportunidade, mas não estão manifestamente preparados para apresentar ao país aquilo que deviam: Uma alternativa política”.
“Souberam ser negativos pondo em causa o interesse nacional, mas não souberam ser positivos. Souberam destruir mas são completamente incapazes de construir uma solução ou uma alternativa para o país”, declarou o secretário-geral do PS.
Em contraponto, José Sócrates defendeu que o PS tem uma equipa e uma proposta pública, permitindo que os portugueses conheçam tudo o que precisam sobre este partido para formularem a sua escolha a 05 de junho.
“Conhecem a liderança, conhecem a equipa e conhecem agora a proposta política”, declarou o secretário-geral do PS.
Depois, numa referência implícita ao PSD, o líder socialista deixou a seguinte observação: “Os candidatos do PS são conhecidos, nós não temos de silenciar candidatos, nem temos de esconder ideias”.
“As nossas ideias são públicas e os homens e mulheres que candidatamos a deputados na próxima legislatura têm provas dadas no plano profissional e no plano do serviço público”, acrescentou.