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Identidade digital europeia é a melhor proteção contra a manipulação de dados

Identidade digital europeia é a melhor proteção contra a manipulação de dados

“Esta é uma oportunidade para recuperar uma voz revelante na globalização digital, com uma aposta tecnológica forte e com uma diferenciação pelos valores, afirmando uma identidade digital própria, ética, justa e confiável”, afirmou o eurodeputado socialista Carlos Zorrinho, ao intervir em Estrasburgo sobre o caso “Cambridge Analytica e o Facebook: Proteção dos dados e da vida privada dos cidadãos como linha de defesa contra a manipulação eleitoral”.
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No debate hoje realizado no Parlamento Europeu, o eurodeputado socialista sustentou que “o uso abusivo de dados do Facebook e a suspeita de outras práticas na mesma linha exige uma resposta forte no plano das regras e no plano da ética”, para seguidamente observar que “o exemplo do GDPR (General Data Protetion Regulation) mostra que a União Europeia ganha quando antecipa. Quando somos pioneiros podemos liderar”.
No hemiciclo de Estrasburgo, Carlos Zorrinho defendeu que o caminho para responder aos desafios com que nos confrontamos “é a diferenciação pelos valores e pela sua tradução nas soluções jurídicas e tecnológicas”.
“A proteção dos direitos dos cidadãos e a transparência democrática inserem-se na nossa matriz de valores partilhados”, reiterou o eurodeputado socialista, para quem “a União Europeia pode e deve por isso exigir que as plataformas que atuam no mercado europeu englobem nos seus modelos e algoritmos os valores partilhados que configuram a identidade digital europeia”.
Na sua intervenção, Carlos Zorrinho salientou que “é tempo de valorizar a identidade digital europeia”, tendo assinalado, por outro lado, que “este regresso da União Europeia ao combate pela definição das regras e das normas da sociedade digital tem uma dimensão económica forte, mas tem que ser em simultâneo uma opção política estruturante”.
Uma vez que “o debate em torno do abuso dos dados alertou um muito maior número de cidadãos europeus para o tema”, Carlos Zorrinho instou, por isso, à concretização de “respostas tecnológicas e políticas convincentes”.