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As mulheres na governação

As mulheres na governação

Com 4 ministras e 15 secretárias de Estado, o XXI Governo Constitucional é o Executivo que integra mais mulheres nos 42 anos da democracia portuguesa. Também aqui, na governação do país, o PS aponta o exemplo de uma participação mais paritária em cargos de decisão política.
Governo

MARIA MANUEL LEITÃO MARQUES
Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

Com jeito vai!

Escrevo da Índia , Nova Deli, depois de há três semanas ter estado nos Emirados Árabes Unidos, onde participei em dois grandes eventos sobre governance e tecnologias .

Sendo países tão diferentes na sua cultura e dimensão , o que têm de comum estes momentos para além de alguns dos temas que aí foram discutidos?

Com lenço, de saari , de calças ou de vestido , em ambos os casos houve mulheres na organização , no palco e nas primeiras filas . Por direito próprio , pelo lugar que ocupam nos seus governos , nas suas universidades , nas suas administrações , do Dubai ao Uganda , da Índia à Argentina . E claro Portugal!

Não era assim há anos atrás, em especial neste domínio, e por isso esta é uma boa notícia para o dia de hoje.

Num mundo onde a linha entre os que acedem e os que não acedem à informação constitui uma marca de profunda desigualdade , é bom ver mulheres entre os champions do digital , mesmo sabendo que falta muito para vencer em todo o mundo a mais importante batalha na luta contra a discriminação , precisamente a do acesso à educação e ao conhecimento .

CONSTANÇA URBANO DE SOUSA
Ministra da Administração Interna

Ser mulher nunca me prejudicou”. Tenho repetido esta frase várias vezes e, na qualidade de Ministra da Administração Interna, nunca senti que o meu género influenciasse de forma negativa o meu trabalho. A Constituição de 1976 simboliza um marco histórico em matéria de igualdade. Há, no entanto, ainda muito a fazer. Porém, muito mudou desde 1976 e acredito que não serão precisos mais 41 anos para pôr fim às desigualdades ainda existentes.

CATARINA MARCELINO
Secretaria de Estado para a Cidadania e Igualdade

Nada justifica que, em pleno Séc. XXI, persistam fatores de desigualdade estruturais que perpassaram todo o Séc. XX. As mulheres ganham menos que os homens, são as principais cuidadoras e responsáveis pelo trabalho doméstico e têm menos acesso aos lugares de poder e de decisão.

Avançámos muito, é certo. Hoje temos mais mulheres na política, por exemplo, fruto de uma lei que o Partido Socialista propôs em 2006 e que enriqueceu a Assembleia da República, o Parlamento Europeu e as Autarquias Locais. Hoje, é consensual que essa lei, tão polémica à data da sua discussão, fazia sentido. Já ninguém questiona o ‘mérito’ das deputadas para ocuparem um lugar que lhes é devido, para que o parlamento seja uma verdadeira representação da sociedade portuguesa. É essa experiência que nos demonstra que vale a pena fazermos valer os nossos argumentos no debate que agora decorre sobre a proposta do Governo de estabelecer limiares de paridade nas empresas públicas e nas cotadas em bolsa.

Este é um dos pilares da nossa Agenda para a Igualdade no Mercado de Trabalho, que inclui ainda as questões da parentalidade, a conciliação da vida pessoal e profissional, a eliminação das disparidades salariais e da segregação profissional.

O Governo está fortemente empenhado nesta Agenda, que é transversal e urgente. Não há tempo a perder. Até à Igualdade.

MARGARIDA MARQUES
Secretária de Estado dos Assuntos Europeus

Uma boa ideia para comemorar o dia internacional da mulher é pensar o que foi feito recentemente que tenha trazido progressos no que ao poder das mulheres na sociedade diz respeito. Uma questão merece destaque e que tem a ver sobretudo com a valorização do papel das mulheres na economia: uma participação equilibrada nos conselhos de administração das empresas. Uma iniciativa da Comissão Europeia ha algum tempo; agora objeto de decisão politica em Portugal. A regra está feita; falta agora pô-la realmente em prática.

TERESA RIBEIRO
Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação

Uma oportunidade para a paz.

No mundo complexo que é o nosso – em que a Paz é seguramente o desafio que mais nos interpela – escolhi, para assinalar o dia da Mulher, a importância do seu desempenho na resolução de conflitos e na construção da Paz.

Apesar de conscientes, quer da especial vulnerabilidade de mulheres e raparigas no caso de conflito violento, em que a agressão sexual é muitas vezes utilizada como arma de guerra, quer da importância do seu envolvimento na resolução de confrontos, em particular pela sua capacidade de construir soluções de paz inclusivas, a sua participação neste domínio tem sido marginal, ao arrepio das promessas de inúmeros instrumentos multilaterais.

Importa pois dar conteúdo útil aos compromissos assumidos nos palcos internacionais e assegurar às mulheres o protagonismo com que todos ganharemos.

GRAÇA FONSECA
Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa

Dia da Mulher. Todos os dias são Dia da Mulher. O que o dia 8 de Março nos deve lembrar é isso mesmo, que todos os dias devemos lutar pela igualdade na diferença, que nunca podemos desistir da igualdade de direitos e deveres, que é decisivo para o futuro das nossas democracias a integração e participação de todas e de todos. Feliz Dia da Mulher hoje e todos os dias!

CAROLINA FERRA
Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público

Neste dia de celebração evoco, em representação de muitas, os nomes de Carolina Beatriz Ângelo e de Maria de Lurdes Pintassilgo, que pela sua ação politica estiveram associadas ao que de melhor a Política proporcionou a Portugal, respetivamente, a construção do regime republicano e do regime democrático. No presente, expresso o meu orgulho de contribuir e fazer parte do XXI Governo de Portugal.

ALEXANDRA LEITÃO
Secretária de Estado Adjunta e da Educação

Como Mulher e como Mãe de duas Filhas, o Dia da Mulher é um momento simbólico para lembrar que a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres ainda não está inteiramente alcançada nas sociedades ocidentais e muito menos noutras sociedades, designadamente nos países islâmicos. Enquanto assim for, comemorar este dia é e continuará a ser indispensável.

Enquanto titular de um cargo político como Secretária de Estado Adjunta e da Educação, não posso deixar de salientar o papel essencial que a educação desempenha na construção de uma consciência comum respeitadora e promotora da igualdade e, em especial, da igualdade de género. Porque sem igualdade não há liberdade, não há cidadania plena, não há democracia.

ANA MENDES GODINHO
Secretária de Estado do Turismo

Há uns tempos, alguém comentou no meu facebook que tinha de aparecer com mais mulheres nas fotografias. Fiz um flashback e constatei que, na maioria das reuniões que tenho, são homens que estão nos lugares de decisão… E, sem querer, achamos normal, que o tempo mudará isto… O tempo não muda nada, só nós é que o mudamos. 43 anos passados desde abril, é evidente que a igualdade de género efetiva não constitui um direito apenas das mulheres, mas um direito de todos, homens e mulheres, para que possamos viver num país melhor, onde todos somos chamados a contribuir para o bem comum.