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Governo vai reativar Rede Portuguesa de Museus

Governo vai reativar Rede Portuguesa de Museus

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou ontem no Parlamento que o Governo está a preparar o relançamento da Rede Portuguesa de Museus, com a integração de “um número significativo” de mais equipamentos, a par da reativação do programa ProMuseus, iniciativas que irão avançar nas próximas semanas.
Governo vai reativar Rede Portuguesa de Museus

Falando na Assembleia da República, na comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, a governante explicou que as iniciativas estarão alinhadas com duas premissas fundamentais, a mudança digital e a internacionalização dos museus, destacando que o programa financeiro ProMuseus, que se encontra interrompido há vários anos, “é um instrumento fundamental para a rede”.

Graça Fonseca anunciou também, perante os deputados, que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai abrir um novo procedimento concursal para reforço de pessoal nos museus e monumentos portugueses, para preencher vagas que não foram ocupadas em concursos anteriores.

Sobre a criação do Arquivo Nacional Sonoro, a ministra adiantou que no dia 15 de abril será apresentado um cronograma pela equipa de instalação do projeto, liderada pelo investigador Pedro Félix.

“A equipa irá apresentar como é o que o trabalho se vai desenvolver até 2022”, quais as instituições que se vão associar, qual a tecnologia para alojar os fotogramas e onde o arquivo vai ficar sedeado, elencou.

Concursos bienais abrem a 28 de março

Outra das novidades anunciadas pela titular da pasta da Cultura prende-se com os concursos bienais promovidos pela DGArtes, adiantando Graça Fonseca que os procedimentos relativos ao biénio 2020/2021 vão abrir no próximo dia 28 de março, para “permitir que as decisões finais dos júris sejam conhecidas em setembro, possibilitando às entidades prepararem atempadamente, e num quadro de maior estabilidade, a atividade para os dois anos seguintes”.

A ministra destacou também o “significativo reforço no investimento”, num montante total de 18,6 milhões de euros, representando um aumento de dois milhões, ou seja, de 12%, face à verba do anterior concurso, frisando ainda o objetivo de simplificar o processo, assegurando, ao mesmo tempo, “o controlo e rigor na atribuição de apoios”.

Durante a sua intervenção, a ministra salientou, perante os deputados, que o orçamento da Cultura cresceu 38% em quatro anos, reiterando que a política pública de cultura assenta em três objetivos claros, “integração, sustentabilidade e inovação”.

“Só assim conseguimos o essencial: uma cultura que chega a todas as pessoas”, sustentou.