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Governo está a impor ao país uma reforma hospitalar sem planeamento e sem bom senso

Governo está a impor ao país uma reforma hospitalar sem planeamento e sem bom senso

20140414_Saude“O Governo não é o dono do país, é o representante do povo para governar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que é de todos nós.

O Governo tem obrigação de ouvir as associações profissionais, os utentes e o poder local”, afirmou hoje Álvaro Beleza, Secretário Nacional do PS e médico no SNS há mais de 30 anos.

Álvaro Beleza comentou assim a portaria publicada na quinta-feira em Diário da República e que vem categorizar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em grupos de I a IV. O Secretário Nacional do PS está hoje e amanhã a visitar equipamentos de saúde do interior do distrito do Porto, incluindo o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), com instalações em Amarante e Penafiel. No âmbito da dita portaria, o CHTS foi incluído no grupo I, o que poderá significar a perda de valências, como cirurgia cardiovascular, urologia e a maternidade, que é a segunda maior do norte do país.

Para Álvaro Beleza, não se “pode fazer uma carta hospitalar a partir de Lisboa, porque, vincou, “Portugal não é só Lisboa”, e não “se deve fazer uma portaria com aquela relevância sem ouvir os peritos, o poder local e o PS”, insistiu. O responsável do PS defendeu que a reforma hospitalar “tem de ser feita de uma forma cirúrgica e tecnicamente bem fundamentada”. “Nós temos de ter serviços altamente especializados em hospitais centrais, mas depois é preciso ter numa rede de cuidados de proximidade”, considerou.