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Governo disponível para aperfeiçoar voto por correspondência dos emigrantes

Governo disponível para aperfeiçoar voto por correspondência dos emigrantes

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, congratulou-se com o significativo aumento da participação das comunidades portuguesas nas últimas eleições legislativas, manifestando abertura para “aperfeiçoar” o voto por correspondência, de modo a ultrapassar algumas dificuldades ainda sentidas pelos cerca de 1,4 milhões de eleitores portugueses que residem no estrangeiro.
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“Pensamos aperfeiçoá-lo. A Assembleia da República vai também certamente fazer a avaliação. O número de eleitores passou para 1,4 milhões e em termos de votos, isso significou cinco vezes mais votos nestas eleições do que tinha ocorrido nas eleições anteriores, que é um resultado notável”, sublinhou, reconhecendo, contudo, que “há muitas coisas ainda a aperfeiçoar”.

Augusto Santos Silva marcou presença num colóquio sobre o centenário da língua portuguesa, que se realizou na universidade Sorbonne, em Paris, aproveitando para, à margem do encontro, refletir sobre algumas das dificuldades sentidas pelas comunidades portuguesas no processo eleitoral

“Em alguns países, incluindo os Estados Unidos, o facto de, em obediência à União Postal Internacional, a referência ao porte pago estar em francês colocou dificuldades. Também verificámos que os boletins de votos que foram expedidos chegaram mais tarde do que supúnhamos a países como o Brasil, porque houve problemas de natureza sindical. Na África do Sul foi ao contrário, foi a expedição de lá para cá. Tudo isto são questões técnicas que são facilmente aperfeiçoáveis”, exemplificou.

Refira-se que, em resultado da implementação do recenseamento automático, o número de eleitores nos círculos da emigração passou a abranger um universo de mais de 1,4 milhões de portugueses residentes no estrangeiro, tendo aumentado significativamente o número de votantes em quase 130 mil, de 28.354 em 2015, para 158.252.