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Governo alcançou um falhanço brutal no controlo da dívida pública

Pedro Marques

O PS considerou que os mais recentes dados do INE indicam “um falhanço brutal” do Governo no controlo da dívida pública.

Segundo dados divulgados hoje pelo INE, a dívida pública terá atingido os 123,6 por cento do PIB em 2012, ficando acima da estimativa do Governo e da troika, que tem menos de duas semanas.

Para o deputado do PS Pedro Marques, os dados divulgados pelo INE confirmam “o falhanço do défice, quase dois pontos percentuais acima do objetivo, mas destaca-se agora um falhanço brutal na dívida pública”.

“A dívida pública ficou quase 30 mil milhões de euros acima do objetivo do Governo, quando inicialmente perspetivou a política orçamental para 2012. Quinze por cento da dívida que temos hoje é resultado do falhanço da política de 2012. Da dívida que ronda aproximadamente os 200 mil milhões de euros, 30 mil milhões resulta da diferença entre o que o Governo perspetivava e aquilo que realmente aconteceu”, apontou.

De acordo com o socialista, com o valor que atingiu a dívida pública, o país está perante “um encargo brutal para as gerações futuras”.

“Já bem bastava tudo o que tínhamos e agora, em cima do falhanço brutal em 2012, com a duplicação da austeridade, insistir-se na mesma política até 2015, com o corte de quatro de mil milhões de euros a ser prolongado por dois anos, é mau de mais. Este Governo, com a continuação desta política, está a dar cabo do país”, defendeu.

O deputado afirmou, depois, que “é necessário parar com esta política e, se calhar, é por isso que a própria maioria PSD/CDS se vai desagregando continuadamente”.

“Dentro da maioria há demasiadas pessoas que já perceberam que esta política não nos leva a lado nenhum”, alertou.

“Com a espiral recessiva, com a recessão que continua a aumentar, com o risco de a recessão se prolongar, com os juros da dívida ainda demasiado elevados, a dinâmica de crescimento da dívida está lá, está bem presente. Portugal fechou o ano de 2011 com cerca de 108 por cento do PIB em dívida pública e agora está com 123 por cento, mais 15 pontos percentuais. Isto não tem paralelo no passado”, acrescentou.