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Governo alarga respostas ao envelhecimento ativo e saudável alocando verbas do PT2030 e do PRR

Governo alarga respostas ao envelhecimento ativo e saudável alocando verbas do PT2030 e do PRR

São 220 milhões de euros que o Governo vai destinar a um novo programa que pretende encontrar respostas estruturais para um envelhecimento ativo e saudável. A garantia foi deixada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, num encontro em Albufeira, no distrito de Faro, garantindo que já esta segunda-feira será lançado um aviso para “alargar as respostas”.

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Ana Mendes Godinho, Observatório Nacional Envelhecimento

Um dos maiores desafios que Portugal hoje enfrenta, com o exponencial envelhecimento da sua população, é o de encontrar os mecanismos necessários que sejam capazes de promover um envelhecimento ativo e mais saudável. Esta a tese uma vez mais defendida pela ministra Ana Mendes Godinho, que lembrou que o desafio que hoje está colocado ao país é o de encontrar as soluções “disruptivas e inovadoras”, que respondam de forma eficaz às “expectativas que as pessoas têm” e na forma como se olha para o envelhecimento.

Intervindo na cerimónia do lançamento do novo Observatório Nacional do Envelhecimento, iniciativa que decorreu na passada sexta-feira nas instalações do Inatel, em Albufeira, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, depois de reafirmar que Portugal, também em relação à problemática do envelhecimento, precisa de dar “saltos significativos nas respostas e na forma como se olha para a questão”, deixou a garantia de que o país, além de estar objetivamente “mobilizado e legitimado” para avançar com um conjunto de iniciativas que ajudem a melhorar os índices do envelhecimento da população, dispõe também dos recursos e dos instrumentos financeiros necessários, “até hoje inéditos”, quer por via do programa Portugal 2030 (PT2030), quer através dos fundos provenientes do PRR.

Segundo a ministra Ana Mendes Godinho, ninguém alimenta hoje qualquer dúvida sobre a capacidade e os métodos inovadores que os portugueses foram capazes de encontrar, sobretudo na “fase mais aguda da pandemia”, em conjunto, de forma “integrada e articulada”, e não “através de capelinhas”, como salientou, para enfrentarem na “plenitude os desafios que na altura se colocaram a todos nós como sociedade”.

Para a responsável pela pasta da Solidariedade, o novo Observatório Nacional do Envelhecimento, que ficará situado na aldeia de Alte, no interior do concelho algarvio de Loulé, e que deverá entrar em funcionamento em julho de 2022, vai permitir que Portugal passe a dispor de mais e melhores instrumentos “científicos fidedignos” que ajudarão a encontrar novos indicadores que sejam “mais claros e sustentáveis” para que se possa agir de forma mais “eficaz e com mais respostas às necessidades reais das pessoas”, ajudando a encontrar outras soluções que promovam “um envelhecimento mais ativo e mais saudável”.

O objetivo, referiu ainda a ministra Ana Mendes Godinho na sua intervenção, é o de “identificar as necessidades sociais” das populações mais envelhecidas, o que se conseguirá, desde logo, como mencionou, fazendo um levantamento da realidade nacional, recorrendo a equipas de acompanhamento e de combate ao isolamento, mobilizando para o efeito “os vários instrumentos financeiros” que neste momento o Governo tem à sua disposição.

Promover o desafio científico

Também para o coordenador do futuro Observatório Nacional do Envelhecimento, Nuno Marques, este novo equipamento vem ajudar a aumentar o conhecimento sobre o processo de envelhecimento da população ao longo do seu ciclo de vida em todo o território nacional, aperfeiçoando, designadamente, a “recolha, análise e os indicadores estatísticos”, mas também a “identificar as áreas chave com dinamismo populacional e avaliar as políticas públicas e privadas de resposta ao envelhecimento”. Objetivos que serão certamente alcançados, como defendeu, graças “à grande capacidade computacional” instalada no Observatório que será capaz de “gerir os dados em diversas áreas”, como os do desemprego, trabalho, saúde e ação social.

Estes são, entre outros, os desafios e as responsabilidades que o Observatório Nacional do Envelhecimento tem entre mãos já a partir de julho do próximo ano, lembrando Nuno Marques que este é um projeto de colaboração entre os centros de investigação das várias instituições públicas, privadas e da sociedade civil na área do envelhecimento ativo e saudável, que “conta também com parceria nacionais e internacionais”.

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