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Governo acompanha em Paris distinção a Eduardo Lourenço

Governo acompanha em Paris distinção a Eduardo Lourenço

O filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço foi distinguido em Paris com o Prémio de Divulgação da Língua e Literatura Francesas, atribuído pela Academia Francesa, numa cerimónia onde o ministro da Cultura português marcou presença, homenageando a importância cultural para o país de “um pensador reconhecido internacionalmente”.
Governo acompanha em Paris distinção a Eduardo Lourenço

“Vim para estar com o Eduardo Lourenço, para testemunhar com ele, para acompanhá-lo nesta cerimónia e mostrar também às autoridades francesas e à Academia Francesa a importância que o Governo dá ao Eduardo Lourenço e o agrado e a satisfação com que vemos este gesto”, afirmou Luís Filipe de Castro Mendes, no final da entrega do prémio.

“Esta distinção que a Academia Francesa lhe concedeu mostra bem como a receção dele em França foi importante, profunda e o pensamento dele se inseriu na grande corrente do pensamento mundial”, referiu.

Castro Mendes disse ainda que esta se trata de “uma homenagem ao pensamento de Eduardo Lourenço em primeiro lugar, a um pensador português, e a alguém que pensou profundamente a condição portuguesa e a condição de Portugal na Europa, nomeadamente, o seu sentido, a sua crise e a sua esperança”.

A Academia Francesa distinguiu Eduardo Lourenço com este galardão, destinado a personalidades francesas ou estrangeiras que tenham prestado serviços excecionais à divulgação da língua e da literatura francesa, em reconhecimento por parte da sua obra ter sido escrita em francês e por ter assumido sempre a França como a sua segunda pátria.

O pensador português, de 93 anos, disse ter recebido o prémio “em primeiro lugar como uma surpresa absoluta”, quanto ao seu contributo por se “ter interessado e divulgado a própria cultura francesa” que “está espalhada no mundo inteiro e há muitos séculos”, aludindo ao sentimento de “um conto de fadas”.

Eduardo Lourenço relevou, na aceitação do prémio, o “diálogo permanente dos portugueses com a França”, lembrando que viveu “a maior parte do tempo nesta segunda pátria, que é a França”.

Na histórica sala da Academia Francesa, para além do ministro português da Cultura, estiveram presentes diversas personalidades como o embaixador de Portugal em Paris, José Filipe Morais Cabral, o conselheiro cultural da Embaixada, João Pinharanda, e o diretor do Théâtre de la Ville, o franco-português Emmanuel Demarcy-Mota.