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Governar é uma responsabilidade diária

Governar é uma responsabilidade diária

A Secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, defendeu no sábado, em Lisboa, que a identidade socialista se afirma pela capacidade de diálogo e compromisso, construindo uma agenda progressista fiel aos seus princípios e ao serviço do país e dos portugueses.
Governar é uma responsabilidade diária

“Nós aprofundámos a nossa capacidade de diálogo e de compromisso com todas as forças políticas sem excluir nenhuma daquelas que quisesse deixar o protesto para passar a construir. E é dessa responsabilidade que eu vos quero falar. Governar é muito mais difícil do que protestar. Governar é uma responsabilidade diária“, afirmou a dirigente socialista, intervindo no encerramento da Universidade de Verão do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas da FAUL.

O Partido Socialista, defendeu, “deve trabalhar” com as outras forças políticas, sem receio de por elas se deixar capturar, mas sabendo “honrar os seus compromissos” e “construir soluções que são as melhores para os nossos cidadãos”.

Ana Catarina Mendes acentuou que essa responsabilidade e disponibilidade para o diálogo e o compromisso, que tem sustentado a mudança na governação do país, “ não nos retira a nossa identidade de socialistas”. Pelo contrário, advogou, convoca “a que todos nós saibamos o que é ser socialista” e os valores que são a identidade do PS: “A liberdade, a democracia, a tolerância, a inclusão de todos”.

É por isso, defendeu Ana Catarina Mendes, “que a agenda que nós estamos a fazer é uma agenda progressista, que nós estamos a conseguir fazer numa Europa que está em ruínas e, não tenhamos medo das palavras, uma Europa que é incapaz de perceber que assim já não vamos lá, que o caminho federalista era o melhor caminho, neste momento, para todos nós”.

“Saibamos nós o que é a soberania nacional sem nos perdermos daquilo que é essencial. E o que é essencial é aprofundar este espaço de liberdade, este espaço de paz, este espaço de coesão social, que os socialistas sempre defenderam, e sempre continuarão a defender”, declarou ainda, aludindo à posição liderante que o PS e o atual Governo socialista têm sabido assumir em matéria de integração dos imigrantes e refugiados.

Maior igualdade de género e mais jovens nas listas autárquicas

Numa intervenção muito aplaudida, Ana Catarina Mendes deixou também uma mensagem clara sobre a luta que o PS desde sempre tem travado pela igualdade de género, defendendo haver ainda um caminho a percorrer e que este deve ser, a par da presença de mais jovens quadros, um dos dois critérios “absolutamente essenciais” na elaboração das listas para as próximas eleições autárquicas.

O primeiro critério, adiantou, passa pelo objetivo de ter “pelo menos 20% de jovens nas listas autárquicas”, dando oportunidade aos jovens quadros socialistas “que são capazes e que querem dar um contributo à sociedade.”

Por outro lado, referindo-se ao critério de aprofundamento da igualdade de género, a dirigente socialista manifestou o desejo de superar “a letra dos estatutos”, que definem uma quota mínima de 33%, lançando o desafio às estruturas do partido para que as listas autárquicas, sobretudo nos grandes municípios, possam integrar uma maior participação de mulheres, aproximando-se “idealmente dos 50%”.

“E que marca melhor havia para dizer em dezembro deste ano, que 40 anos depois nós estamos a aprofundar a democracia e a democracia aprofunda-se também naquilo que são gestos que nós damos: maior participação de mulheres nas próximas listas autárquicas” concluiu Ana Catarina Mendes.