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Forças Armadas estão à disposição do SNS

Forças Armadas estão à disposição do SNS

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, informou ontem que as Forças Armadas estão prontas e à disposição do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dispondo, para além das unidades hospitalares próprias, de um conjunto de centros de acolhimento que permitem apoiar a rede hospitalar pública.
Forças Armadas estão à disposição do SNS

Ouvido na Assembleia da República, o governante começou por referir que a capacidade do Hospital das Forças Armadas do Porto tem, presentemente, a sua capacidade já preenchida no acolhimento a doentes infetados com Covid-19, mas que no Hospital de Lisboa essa capacidade ainda existe. Mesmo em relação à unidade do Porto, adiantou, será possível receber mais doentes, em breve, uma vez que acolhe 11 casos de idosos não infetados e que apenas aguardam condições para regressar aos lares.

Em relação ao antigo Hospital Militar de Belém (Lisboa), que está em obras para receber infetados com Covid-19, o ministro adiantou que os trabalhos decorreram “em tempo recorde” com “130 trabalhadores a trabalhar 24 horas”.

Sobre o futuro do edifício no fim da pandemia, João Gomes Cravinho explicou que as “obras que foram feitas não serão desperdiçadas, porque a infraestrutura tem de ter utilidade”, e “estava já previsto que a estrutura fosse utilizada, em parceira com a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, como centro de cuidados continuados”.

“Esse plano mantém-se”, salientou.

Sobre o hospital de campanha localizado no Estádio Universitário, em Lisboa, o ministro explicou que o “objetivo é ter capacidade de receber utentes que o SNS não tenha capacidade de atender”, acrescentando que “está ao serviço do país, assim como a capacidade de transporte das Forças Armadas”, como por exemplo as “ambulâncias, que serão utilizadas sempre que houver necessidade”.

Em resposta ao Grupo Parlamentar do PS, João Gomes Cravinho referiu que os recursos das Forças Armadas incluem também centros de acolhimento, que podem funcionar em apoio à rede hospitalar do SNS.

“[São] locais onde, por um lado, podem ir pessoas infetadas que não têm sintomas, mas não têm possibilidade de isolamento em casa própria, por viverem com outras pessoas, ou pessoas infetadas com sintomas, mas sintomas ligeiros que não requeiram nenhum tipo de cuidados especiais”, adiantou o ministro.

Desse modo, continuou, o atendimento médico nestes centros seria “muito ligeiro”, não sendo necessário “o rácio habitual de camas por médico e por enfermeiro”.

João Gomes Cravinho identificou “1.147 camas disponíveis para serem ocupadas” em nove centros de acolhimento espalhados pelo país – Braga, Vila Real, Alfeite, Vendas Novas, Leiria, Ota, Tavira, Funchal e Ponta Delgada, existindo capacidade de expandir até 2.300 camas com outros centros de acolhimento que ainda estão a ser preparados.