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“Este é o tempo de ações”

“Este é o tempo de ações”

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou hoje que a situação dos incêndios que deflagraram no país desde domingo, e que tiveram a dimensão mais séria no presente ano, urge a que este seja um tempo de ações e não de reações, e menos ainda de demissão.
O CAMINHO DA CONFIANÇA

“Neste momento estamos a viver uma tragédia”, vincou a governante, após ter reunido com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Carnaxide, Lisboa, acrescentando que esta foi “uma situação absolutamente extraordinária” e que este é o “momento para a ação, para mudar aquilo que tem que ser mudado”.

A ministra começou por enviar às famílias das vítimas “uma palavra de pesar e de condolência”, estendendo a solidariedade “aos operacionais que têm estado e continuam a estar no terreno”.

Depois, Constança Urbano de Sousa apontou à necessidade de resolver problemas estruturais na prevenção e combate aos incêndios florestais, elencando, para além do ordenamento da floresta previsto na reforma para o setor apresentada pelo Executivo, que é preciso “tirar lições no que diz respeito à preparação do sistema de Proteção Civil”.

Neste sentido, prosseguiu a ministra, a profissionalização dos bombeiros é “uma das conclusões muito fortes” a tirar, assim como uma aposta na “proteção civil preventiva”, habilitando as comunidades a poderem tornar-se “mais resilientes às catástrofes”.

Recorde-se que o Governo assinou já um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, em resposta a um cenário extremo com cerca de 500 focos de incêndio ativos em todo o país, no dia de ontem, causadores de mais de três dezenas de vítimas mortais.

Portugal acionou também o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Governo assegura apoio a agricultores atingidos

O ministro da Agricultura anunciou, entretanto, que o Governo vai apoiar os agricultores das áreas atingidas pelos incêndios em várias zonas do país, com medidas para assegurar a reposição das explorações agrícolas.

“Naturalmente que iremos aplicar às áreas que estão agora a ser atingidas por incêndios as mesmas medidas que aplicámos àquelas que o foram até agora. Isto é, existirão apoios para os agricultores para aquilo que convencionamos chamar a reposição do potencial produtivo das explorações agrícolas”, revelou Capoulas Santos, precisando que o objetivo passa por restituir todas as perdas em animais, equipamentos e instalações.

O ministro indicou que “haverá um conjunto de apoios que subsidiará até 100% do valor dos prejuízos até aos primeiros 5.000 euros e a partir daí haverá um apoio de 50% das despesas elegíveis”, acrescentando que as medidas entrarão em vigor logo que estejam delimitados os perímetros das áreas atingidas.

Mais de 20 postos de apoio de emergência às populações

A Segurança Social, em articulação com as câmaras municipais, tem neste momento em funcionamento mais de 20 postos de apoio de emergência às populações afetadas pelos incêndios, nos distritos de Viseu, Viana do Castelo, Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Leiria.

Poderá ainda ser contactada a Linha Nacional de Emergência, através do número 144, gratuito, para informação acerca destes locais onde está a ser prestado o apoio.

Informação atualizada aqui.