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Estas eleições são uma escolha sobre quem garante melhores condições para governar

Estas eleições são uma escolha sobre quem garante melhores condições para governar

O Secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, sustentou ontem que as eleições legislativas de outubro “não são um referendo” às maiorias absolutas, mas sim para que os portugueses possam “escolher entre diferentes programas de Governo” e quem “consideram que está em melhores condições para governar” o país.
Estas eleições são uma escolha sobre quem garante melhores condições para governar

Em entrevista à SIC, no âmbito das legislativas de 6 de outubro próximo, António Costa voltou a evidenciar que o PS tem sido o fator de equilíbrio e o garante de estabilidade, política e económica, que Portugal viveu nos últimos quatro anos.

Foi esse fator de equilíbrio, como referiu o líder socialista, que permitiu “termos uma política de reposição de rendimentos e, simultaneamente, termos condições para que as empresas possam investir, criar riqueza e emprego”.

“Termos, por um lado, o combate à precariedade e um mercado de trabalho dinâmico; termos feito um grande reforço de investimento nos serviços públicos, mas estarmos, ao mesmo tempo, a conseguir reduzir sustentadamente o défice”, prosseguiu.

É fundamental dar força ao PS

António Costa deu ainda como exemplo concreto dessa capacidade de compromisso e equilíbrio, que o PS foi capaz de assegurar, a aprovação da nova Lei de Bases da Saúde. “Essa lei de bases foi negociada até à última palavra e não morreu num veto presidencial, porque o PS foi capaz de conduzir aquele processo e assegurar o equilíbrio necessário entre aquilo que era a vontade da maioria parlamentar, e entre aquilo que sabíamos ser os limites de apreciação política por parte do Presidente da República. Porque senão aquela lei tinha sido uma bonita bravata política, mas tinha morrido no veto político do Presidente da República”, disse.

“É para este equilíbrio que é fundamental que haja força do Partido Socialista”, vincou.

Questionado sobre a possibilidade dos partidos que apoiaram a atual solução governativa poderem integrar um futuro Executivo liderado pelo PS, António Costa voltou a sublinhar que “um dos fatores de estabilidade” desta solução governativa que vivemos foi ter existido, da parte dos partidos, uma boa compreensão sobre o nível de acordo que poderia ser alcançado, em função das divergências que os separam.

Lembrando que “um Governo tem que ser uma entidade coesa”, o líder socialista reiterou que “o grau de convergência” que existiu permitiu fazer o que foi feito, mas não faria um bom governo de coligação.

“Por isso entendemos, bem, que tínhamos base para um entendimento parlamentar e que esse seria sólido – e foi”, concretizou.

Já sobre a disponibilidade, manifestada pelo líder do PSD, para acordos que permitam ao país fazer reformas estruturais, António Costa reiterou que os consensos alargados em matérias estruturantes não só foram uma prática efetiva do Governo do PS na atual legislatura, com qualquer dos partidos representados no Parlamento, dando como exemplo o programa de grandes obras públicas, como são sempre “desejáveis e importantes”.