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Estado adquire 65 novas obras de arte contemporânea e reforça dotação em 2021

Estado adquire 65 novas obras de arte contemporânea e reforça dotação em 2021

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou ontem que o programa de aquisição de obras de arte contemporânea para a coleção pública do Estado português terá um reforço de dotação no próximo ano, para 650 mil euros, sendo assumido o compromisso de atingir o valor de um milhão de euros ao longo da legislatura.
Estado adquire 65 novas obras de arte contemporânea e reforça dotação em 2021

O anúncio foi feito na apresentação das 65 obras adquiridas este ano, no valor de 500 mil euros, que teve lugar em Lisboa, de 57 artistas portugueses, abrangendo pintura, desenho, escultura, fotografia e vídeo.

As obras, de artistas como Alice Geirinhas, Ana Manso, António Olaio, Artur Barrio, Augusto Brázio, Ana Pérez-Quiroga, Bruno Pacheco, Catarina Botelho, Cristina Lamas, Daniel Blaufuks, Francisco Queimadela, Gabriel Abrantes, João Onofre, João Pedro Vale, Jorge Queiróz, Mariana Caló, Patrícia Garrido, Pauliana Valente Pimentel e Pedro Barateiro, passam a integrar a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.

As 65 obras agora adquiridas juntam-se às 21 já adquiridas em 2019, prevendo-se para o primeiro semestre de 2021 a realização de uma exposição na qual as 86 obras serão apresentadas.

Graça Fonseca referiu que está ainda por definir onde ficarão depositadas as novas aquisições e onde é que serão depois mostradas ao público, uma vez que a intenção da tutela é que a exposição seja um dos eventos da programação cultural durante a presidência portuguesa da União Europeia.

Fazendo uma retrospetiva da iniciativa, a ministra lembrou que em 2019, com a inscrição da verba inicial de 300 mil euros no Orçamento do Estado para o programa, foi recuperada “uma política pública de aquisições que não acontecia há quase vinte anos”, posicionada “em estreita ligação com artistas, curadores e galerias”.

A criação de uma comissão para selecionar as obras a adquirir pelo Estado, constituiu, na ótica da ministra, uma “decisão inédita e inovadora”, que procurou um envolvimento ativo da comunidade artística nas políticas públicas para a cultura, “algo que nunca antes tinha acontecido nesta dimensão e que considerámos essencial para que o trabalho da Comissão pudesse ser representativo, democrático e de verdadeiro serviço público”.

Graça Fonseca sublinhou que, com o plano de aquisições de arte contemporânea e com a nomeação de um curador, o objetivo é colocar a coleção de arte “à fruição das pessoas”.

No biénio 2019/2020, agora concluído, as obras foram escolhidas por uma comissão que integrava as curadoras Sandra Vieira Jürgens e Eduarda Neves, os artistas Manuel João Vieira, Sara Nunes e André Campos, e ainda David Santos, na altura subdiretor-geral do Património Cultural, e David Teles Pereira, em representação do Ministério.

Para o próximo biénio, de 2021/2022, a comissão será coordenada por David Santos, nomeado este ano curador da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, e contará ainda com Ana Anacleto, Carla Cruz, Fernando J. Ribeiro, Horácio Frutuoso, Mariana Pinto dos Santos e Pedro Portugal.