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Ensino na televisão arranca dia 20 com aulas de 30 minutos

As aulas para os alunos do ensino básico, que serão transmitidas na RTP Memória durante o terceiro período do ano letivo, começam no dia 20 e vão ter uma duração de 30 minutos, anunciou o Ministério da Educação, que divulgou a grelha do espaço #EstudoEmCasa.

À exceção das aulas de educação artística, que se destinam a todos os alunos, a grelha está organizada por escolaridade e a parte da manhã, a partir das 9h00, está reservada às aulas do 1º ao 6º ano, enquanto os conteúdos para os alunos do 7º ao 9º ano são transmitidas à tarde, prolongando-se até às 17h50.

A cidadania é transversal a todos os anos de escolaridade e vai ser abordada no contexto de várias disciplinas, como Estudo do Meio, História, Geografia ou Ciências Naturais.

O Ministério da Educação explica que a emissão do #EstudoEmCasa na RTP Memória vai permitir alcançar a generalidade dos alunos, ultrapassando alguns dos constrangimentos no acesso ao ensino, sobretudo por dificuldades no acesso aos meios disponibilizados através da Internet. Adicionalmente, está a ser criada uma plataforma digital, onde os conteúdos das aulas serão igualmente disponibilizados.

Paralelamente, a RTP 2 vai também transmitir conteúdos direcionados às crianças da educação pré-escolar.

Ministério pede uso seguro de Internet no estudo em casa

Professores e alunos devem cumprir várias medidas de segurança, para proteção de privacidade e dados pessoais, no uso de plataformas digitais para o estudo e ensino em casa, recomendou também o Ministério da Educação.

“Pense antes de publicar informação sensível”, “Seja cuidadoso com a ‘webcam’ e o microfone”, “use palavras-chave fortes” são algumas das recomendações anunciadas pela tutela, em www.apoioescolas.dge.mec.pt, numa parceria com o Centro Nacional de Cibersegurança e a Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Nas recomendações, o Ministério da Educação deixa dez sugestões genéricas sobre uso de Internet no ensino à distância e outras mais específicas para professores e estudantes que recorram às plataformas digitais Zoom, Moodle, Microsoft Teams e Google Classroom.

Acesso universal à Internet e a equipamentos no próximo ano letivo

No próximo ano letivo os alunos dos ensinos básico e secundário vão ter acesso universal à Internet e a equipamentos informáticos. O compromisso foi assumido pelo primeiro-ministro, considerando António Costa que este investimento avultado é essencial como medida preventiva face aos riscos de pandemia.

“Assumimos um objetivo muito claro: Vamos iniciar o próximo ano letivo assegurando o acesso universal à rede e aos equipamentos a todos os alunos dos ensinos básico e secundário”, assegurou o líder do Executivo socialista, durante a entrevista que concedeu à agência noticiosa Lusa.

“É muito mais do que ter um computador ou um tablet. É ter isso e possuir acesso garantido à rede em condições de igualdade em todo o território nacional e em todos os contextos familiares, assim como as ferramentas pedagógicas adequadas para se poder trabalhar plenamente em qualquer circunstância com essas ferramentas digitais”, adiantou, defendendo que esse investimento “é essencial e é uma medida de prevenção do risco de pandemia”.

António Costa assinalou que a crise provocada pelo surto do novo coronavírus, também no seu impacto na comunidade educativa, “demonstrou uma extraordinária capacidade de adaptação das escolas a uma nova situação”.

“De facto, a necessidade aguçou o engenho e em duas semanas avançou-se mais na literacia digital do que seguramente se teria avançado em muitos anos de uma ação programada. Temos de aproveitar este impulso para cumprir aquilo que era uma das grandes metas do programa do Governo: Acelerar a transição para a sociedade digital”, sustenta.

Mais importante, no entanto, de acordo com António Costa, é “garantir a necessidade de que, aconteça o que aconteça do ponto de vista sanitário durante o próximo ano letivo, não se assistirá a situações de disrupção, porque houve outra face da moeda que esta crise demonstrou”.

“As desigualdades são muito mais persistentes do que aquilo que muitas vezes se pensa e, quando elas se diluem na mesma sala de aula, elas acentuam-se quando cada um vai para as suas casas. Ou por insuficiência da infraestrutura de comunicação, ou por falta de equipamentos, ou por diferentes de habitação, ou, ainda, por diferentes contextos familiares, essas desigualdades tornam-se mais visíveis. Por isso, o recurso à televisão, obviamente, é um contributo para mitigar essa desigualdade, mas aquilo que temos de superar é mesmo essa desigualdade”, sublinha o líder do Governo.