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Edite Estrela leva exemplo português a Estrasburgo

Edite Estrela leva exemplo português a Estrasburgo

A deputada socialista Edite Estrela defendeu esta semana, no debate sobre a avaliação dos progressos e desafios da aplicação da Convenção de Istambul no plenário da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, em Estrasburgo, que está na hora de os deputados dos Estados-membros tomarem medidas efetivas para prevenir e combater a violência contra as mulheres. “Temos de transformar a nossa indignação em ação para eliminar preconceitos, estereótipos e mitos de género que perpetuam a relação desigual entre homens e mulheres dentro da família, na escola, no mercado de trabalho e na sociedade”, afirmou.
Edite Estrela leva exemplo português a Estrasburgo

“A violência contra as mulheres e a violência doméstica são uma grave violação dos direitos humanos”, defendeu. “É um crime e cabe a todos nós denunciá-lo”, prosseguiu, defendendo que a Convenção de Istambul é o mais abrangente instrumento internacional juridicamente vinculativo para prevenir e combater a violência contra as mulheres.

Edite Estrela pediu, porém, mais ação, porque “não se pode aceitar que as mulheres continuem a morrer porque são mulheres”. Por isso, sustentou, “medidas urgentes devem ser tomadas para salvar as vidas das mulheres e proteger as crianças que testemunham a violência doméstica, que demasiadas vezes testemunham a morte da mãe e, tantas vezes, são elas próprias vítimas de violência”.

A parlamentar socialista mostrou-se ainda orgulhosa por Portugal ter sido o primeiro país a assinar e ratificar a Convenção de Istambul. “Para o governo português prevenir e combater a violência contra as mulheres e a violência doméstica é uma prioridade”, assegurou. “O progresso é visível e reconhecido nos vários relatórios independentes a nível nacional e internacional”, acrescentou, lembrando a campanha lançada pelo executivo nacional por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. “Denunciar, buscar apoio e informação são passos decisivos para alterar metodologias e mentalidades e acabar com o sofrimento e morte de muitas mulheres vítimas de violência pelo simples facto de serem mulheres”, atestou. “As mulheres têm o direito fundamental de viver sem violência”, concluiu.