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É preciso uma coligação de cidadania para combater o vírus da desinformação

É preciso uma coligação de cidadania para combater o vírus da desinformação

A resposta às interferências de atores externos que visam desestabilizar e manipular os processos eleitorais “tem que ser multilateral, envolvendo os utilizadores das redes, sejam utilizadores institucionais ou individuais”, afirmou o eurodeputado socialista Carlos Zorrinho, em Estrasburgo.
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Ao intervir no debate sobre como reforçar a resiliência europeia contra a influência de intervenientes externos na próxima campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, o deputado considerou ser necessária uma “coligação de cidadania” para que tenha “sucesso” a estratégia proposta pela Comissão Europeia para combater “a desinformação em linha que terá uma prova de fogo nas próximas eleições europeias”.

“A política sempre conviveu com estratégias de informação e contra-informação. Hoje a aceleração tecnológica permite, contudo, ir muito mais longe e promover campanhas massivas de desinformação, trabalhadas de forma a atingir e manipular setores específicos dos eleitorados”, observou Carlos Zorrinho, para quem “o vírus da desinformação está a contaminar todo o espetro da comunicação política, lançando a desconfiança mesmo sobre aquela que é correta e pode tornar-se letal para a democracia”.

Carlos Zorrinho saudou o apelo de Paris, assinado a 12 de novembro, subscrito por 51 países, e por centenas de empresas e organizações, entre os quais todos os estados membros da União Europeia, “como um manifesto para ajudar a que os valores éticos e do estado de direito prevaleçam no novo quadro da sociedade digital”.