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Discriminação positiva já levou investimento de 1.500 ME ao interior do país

Discriminação positiva já levou investimento de 1.500 ME ao interior do país

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, afirmou no sábado, no distrito de Coimbra, que as políticas de discriminação positiva permitiram já, ao longo dos dois últimos anos, potenciar investimentos privados na ordem dos 1.500 milhões de euros para os territórios do interior.
Discriminação positiva já levou investimento de 1.500 ME ao interior do país

Falando na apresentação do Centro de Competências Geoespaciais – Habitat de Inovação Empresarial nos Setores Estratégicos (HIESE), em Penela, Pedro Siza Vieira referiu que algumas das medidas que integram o Programa Nacional para a Coesão Territorial terão um impacto que, “provavelmente, só poderá ser avaliado a longo prazo”, mas apontou que existem “alguns sinais” muito positivos, designadamente, em resultado da “discriminação positiva muito acentuada nos sistemas de incentivos ao investimento”.

Estas políticas de discriminação positiva, acrescentou, permitiram já levar “para os territórios do interior cerca de 1.500 milhões de euros de investimento empresarial privado, que vai criar milhares de postos de trabalho”.

Na região Centro estão “em concretização unidades industriais, essencialmente vocacionadas para a exportação”, que vão começar a produzir “dentro de um ou dois anos” e que vão “fazer a diferença para a vida das populações”, criar emprego e oportunidades de atração, exemplificou Pedro Siza Vieira.

A discriminação positiva nos sistemas de incentivo, através da valorização de critérios para o investimento no interior e da abertura de concursos específicos para uma região, explicou também o ministro, tem permitido que o interior tenha agora, proporcionalmente, apoios ao investimento que superam os atribuídos ao litoral.

Uma circunstância, que, aliada a outros fatores como a “valorização dos recursos endógenos”, vai “ter impacto nas vidas das pessoas”, afirmou o ministro.

“A causa da coesão territorial não foi descoberta pelo governo da administração pública neste momento, mas é verdade que, depois das tragédias que ocorreram em 2017, toda a atenção da comunidade nacional está virada para as causas do desenvolvimento do interior e da reforma da floresta”, salientou Pedro Siza Vieira.

Por isso, sublinhou, é altura de trabalhar em conjunto “no sentido de mobilizar essa atenção” e de ter a “concretização de uma causa que, de facto, tem de ser nacional”.

Na sessão, em que participou também o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e que foi integrada na ação de limpeza florestal dinamizada pelo Executivo em vários pontos do país, em parceria com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, foi também apresentado o Centro de Competências de Informação Cadastral, com a assinatura de um protocolo envolvendo as câmaras municipais de Penela (distrito de Coimbra) e da Sertã (Castelo Branco), a Universidade de Coimbra e a Direção-Geral do Território.

Foram ainda apresentadas as temáticas do Ciclo de Conferências do Programa de Revitalização do Pinhal Interior, promovido pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior.