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Defesa quer “desconstruir” imagem tradicionalmente masculina nas Forças Armadas

Defesa quer “desconstruir” imagem tradicionalmente masculina nas Forças Armadas

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, considerou ser necessário desconstruir a “imagem tradicionalmente masculina” associada ao setor, no lançamento de um gabinete da igualdade da Defesa Nacional, que teve lugar no Museu Militar, em Lisboa.
Defesa quer “desconstruir” imagem tradicionalmente masculina nas Forças Armadas

Intervindo numa cerimónia que contou também com a presença da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, o governante salientou que, em algumas matérias, “a Defesa tem sido pioneira na igualdade em Portugal”, desde logo na igualdade salarial, acrescentando, contudo, ser necessário continuar a combater “barreiras invisíveis que estão enraizadas”.

João Gomes Cravinho referiu que “importa continuar a aprofundar” o Plano Setorial para a Igualdade na Defesa Nacional, em curso, como forma de “desconstruir uma imagem tradicionalmente masculina que durante muitos anos foi a única que a Defesa Nacional e as Forças Armadas refletiram”.

“Em matéria de igualdade entre homens e mulheres, sabemos que, em 2015, as mulheres representavam 19% da Defesa Nacional, e que no âmbito das Forças Armadas tínhamos 11% de militares femininas. Hoje, em 2020, temos 20% de mulheres em toda a Defesa Nacional, e nas Forças Armadas o número subiu para 12%”, sublinhou.

Para João Gomes Cravinho, este aumento é uma “melhoria ligeira”, mas que dará razões de satisfação “se esse progresso for sustentado”, considerando que a “visibilidade destas mulheres tem um impacto fundamental no recrutamento para as Forças Armadas” do país.

O Gabinete da Igualdade da Defesa Nacional, iniciativa que se integra nas celebrações do Dia Internacional da Mulher, assinalado no próximo dia 8 de março, faz parte de um conjunto de 30 medidas já anunciadas pelo ministério, a aplicar até 2021, que têm como objetivo fomentar a igualdade nos vários ramos das Forças Armadas e na Defesa Nacional.

No foco de ação prioritária deste gabinete está a aplicação da figura do “conselheiro de género” em cada ramo militar e no Estado-Maior-General das Forças Armadas, que aguarda aprovação do Conselho de Chefes do Estado-Maior, bem como a criação de um documento comum aos três ramos das Forças Armadas que define normas do apoio à parentalidade.

Ainda este ano, o Ministério da Defesa irá assinalar o 20º aniversário da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre ‘Paz, Mulheres e Segurança’, com uma conferência organizada pelo Instituto da Defesa Nacional.