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Competitividade do País passa pela sinergia entre Empresas e Universidades

Competitividade do País passa pela sinergia entre Empresas e Universidades

Agenda Mais Crescimento realça aposta no Conhecimento e Inovação

O país não tem licenciados e mestres a mais, mas “emprego a menos” para as pessoas com formação superior, considerou ontem em Coimbra, o primeiro-ministro, no final de uma visita que efetuou ao Instituto Pedro Nunes e às empresas Perceive3D e Take The Wind, no âmbito da “Agenda Mais Crescimento”.

António Costa não está de acordo com aqueles que defendem que Portugal tem licenciados ou mestres a mais, considerando que o país, por estar inserido no “mercado global”, não pode ter a ilusão de querer ser competitivo, através de baixos salários, tese que, para o primeiro-ministro, não só “é uma perda de tempo”, como é “andar para trás” e “uma distração” relativamente ao caminho em que se tem que apostar.

A opção que hoje se coloca a Portugal, segundo António Costa, não é insistir nos baixos salários ou na redução dos rendimentos dos portugueses, como foi a prática do anterior Governo da direita, mas na “valorização do conhecimento”, produzido nas universidades e nos politécnicos, a par do recurso ao “desenvolvimento das incubadoras e dos centros tecnológicos” para além, como realçou, do necessário apoio das empresas ao “investimento em inovação”.

O primeiro-ministro falava para uma plateia onde marcaram presença, para além do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado e do reitor da Universidade, João Gabriel Silva, empresários, investigadores e muitos estudantes do ensino superior, tendo alertado que a “chave para a competitividade” do país, “só pode assentar na inovação que resulta do conhecimento”.

Regozijando-se com as “boas notícias” que o país teve nos últimos tempos, designadamente com o crescimento da economia, o cancelamento das sanções, por parte da União Europeia, e o anúncio de que Portugal vai sair do procedimento por défice excessivo, para além da aprovação do OE para 2017 e da redução dos números do desemprego, realidade que para o primeiro-ministro, “só serão sustentáveis” se, “em vez de ficarmos satisfeitos com o que conseguimos, percebermos que isso só tem de servir como incentivo para podermos fazer mais e melhor”.

E mais e melhor para António Costa, é os empresários perceberem também, que, para terem maior produtividade, “precisam de trabalhar com as universidades, politécnicos e com os centos de conhecimento”, lembrando, a este propósito, o “enorme saber acumulado” que hoje existe nestes centros do conhecimento.