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Comissão Europeia deu razão às dúvidas do PS: desvio no défice deve-se à Madeira e à …

Comissão Europeia deu razão às dúvidas do PS: desvio no défice deve-se à Madeira e à …

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O deputado João Galamba considerou hoje que a Comissão Europeia desautorizou o primeiro-ministro e deu razão ao PS sobre a natureza do desvio orçamental, colocando as suas causas nas contas da Madeira e na conjuntura internacional.

Na sequência das declarações proferidas hoje pelo porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altajaf, o deputado sustentou que “a Comissão Europeia acaba de desautorizar o primeiro-ministro, designadamente as afirmações que hoje fez no debate quinzenal no Parlamento, e deu razão ao PS quando questionou os números e a justificação do alegado desvio. O primeiro-ministro falou em três mil milhões de euros e o Instituto Nacional de Estatística (INE) não confirma este número”.

João Galamba acusou ainda o Primeiro-Ministro de ter faltado à verdade ao afirmar no debate de hoje que o boletim do INE revela um desvio de 3 mil milhões de euros, precisando que o único desvio detectado pelo INE é na ordem dos 1600 milhões de euros, “que é a diferença entre o défice estimado e as metas da troika”.

“Ao contrário do que tentou fazer passar o primeiro-ministro, a natureza do desvio não é da responsabilidade do anterior Governo e a Comissão Europeia deixou isto muito claro. Disse que o desvio, a existir, deve-se exclusivamente à Madeira e a alterações internacionais e ao arrefecimento da economia europeia”, afirmou João Galamba, considerando que o primeiro-ministro “tem de rapidamente explicar aos portugueses e ao Parlamento o que fundamenta as afirmações que tem vindo a fazer desde quinta-feira”.

João Galamba sublinhou ainda a advertência do porta-voz da CE para a necessidade de uma execução orçamental inteligente que não prejudique o crescimento, que “é exactamente o contrário do que o primeiro-ministro anunciou”, considerando que “eventualmente, o primeiro-ministro terá de repensar algumas das medidas propostas para o Orçamento do próximo ano” que “agravam brutalmente a recessão e vão reduzir de forma significativa o rendimento disponível das famílias”.