home

António José Seguro pede esclarecimentos sobre dívida na Madeira

António José Seguro pede esclarecimentos sobre dívida na Madeira

O secretário-geral do Partido Socialista desafiou hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a esclarecer quem vai pagar “a irresponsabilidade da dívida que existe na Madeira, da exclusiva responsabilidade do PSD-M”.

 

Perante milhares de pessoas que assistiam ao encerramento da Festa da Liberdade, organizada pelo PS da Madeira, no Montado do Pereiro, António José Seguro reafirmou que “o PSD-M pôs a Madeira na bancarrota, tem um buraco colossal, gaba-se disso e pede que sejam todos a pagar a factura da sua irresponsabilidade”.

 

“Basta de irresponsabilidade e basta de chantagem. O primeiro-ministro não pode continuar em silêncio, não pode continuar a proteger o seu partido. Aqui, na Madeira, a situação é grave, é mesmo muito grave, e o primeiro-ministro de Portugal não pode ser cúmplice desta situação”, sublinhou o líder socialista, acrescentando que “os madeirenses têm o direito de saber o que é que vai custar de sacrifício”.

 

Lembrando que dívida da Madeira é de oito mil milhões de euros, Seguro exigiu ainda saber, antes da campanha para as eleições regionais de 9 de Outubro, o teor de um eventual acordo com o actual Governo da República para resolver a falta de liquidez na região: “se ainda não há acordo, eu exijo, como líder da oposição, se houver necessidade de assistência financeira à Madeira, que esse acordo, esse memorando, seja do conhecimento público antes do início da campanha eleitoral”.

 

Para o presidente do PS-M, Jacinto Serrão, a governação de Alberto João Jardim “promoveu uma política despesista de obras públicas sem se preocupar com a dívida pública e que pesa como chumbo sobre as costas dos madeirenses”. Por esta razão, salientou que as eleições de Outubro são uma oportunidade de os madeirenses permitirem uma mudança política na Madeira e virarem a página a uma “governação tresloucada de quarenta anos que não acautelou o futuro”.

 

O candidato do PS-M à presidência do governo regional, Maximiano Martins, classificou a política do PSD-M e do governo madeirense de “louca nas prioridades e demente na gestão da coisa pública”, sublinhando que “já basta”.

 

O líder da JS-M, Orlando Fernandes, criticou também a situação económico-financeira da região e acusou o governo regional de ter levado a Madeira “à insolvência” e o PSD-M de ser o partido do “desemprego, da dívida e do défice democrático”.