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António José Seguro aposta no desenvolvimento do interior de Portugal

António José Seguro aposta no desenvolvimento do interior de Portugal

AntónioJoséSeguroO secretário-geral do PS iniciou hoje um périplo que o vai levar a percorrer durante sete dias o interior de Portugal.

Esta iniciativa socialista “Em Defesa do Interior” começou em Miranda do Douro e tem como objetivo somar a voz do PS à dos autarcas e das populações e chamar a atenção do Governo para as dificuldades e para o isolamento a que estão votadas as populações do interior do país.

Dirigindo-se a uma vasta plateia em terras de Miranda, o líder do PS começou por recordar que esta iniciativa pretende ser mais uma contribuição e um alerta para a necessidade em dar voz aos portugueses do interior, servindo igualmente para chamar a atenção do Governo para as dificuldades por que passam as pessoas e as empresas, “Sou um homem do interior e quero manter-me fiel às minhas raízes”.

António José Seguro criticou a política centralista do Governo que tudo faz, como salientou, para afastar as pessoas que vivem e trabalham no interior de quem decide, reclamando maior proximidade entre os serviços públicos e as populações.

Seguro não tem dúvida que viver no interior representa neste momento de grave crise que o país atravessa, uma “condição muito difícil”, acrescentando que os portugueses do interior “vivem hoje essa crise duplamente”.

Para o líder dos socialistas, os portugueses deparam-se com um Governo “que apenas sabe cortar como se fosse possível deixar para trás as pessoas”. Exemplos de cortes cegos, em sua opinião, não faltam, realçando áreas como a Saúde, Justiça, custos dos transportes ou extinção de freguesias a régua e esquadro, sendo este o caminho e a expressão “de quem não conhece o interior e a importância de uma junta de freguesia nesses locais”.

Desenvolvimento do interior, para o secretário-geral do PS “não é questão de fé, é questão de vontade politica”.

Também a grave seca que assola o país mereceu de António José Seguro duras críticas ao Governo, afirmando-se “perplexo” quando ouviu a ministra da Agricultura dizer que “tem fé que chova”. Mais uma vez, disse o secretário-geral do PS, esta questão não pode, nem deve, ser tratada apenas ao nível da fé, reprovando a passividade da ministra da Agricultura perante a situação de seca.

O líder do PS defendeu a antecipação do pagamento das ajudas diretas de 2012 (cerca de 450 milhões de euros de um total de 600 milhões de euros em fundos comunitários) aos agricultores para fazerem face a esta calamidade, dizendo subscrever a proposta que a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) apresentou na recente reunião que manteve com o PS.

António José Seguro recordou ainda que além dos referidos 600 milhões de euros, existe uma reserva de 20% das ajudas diretas de 2011, que estão ainda cativadas pela Comissão Europeia, o que acresce mais 125 milhões de euros ao total de verbas disponíveis para aplicar na agricultura nacional.