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António Costa otimista sobre proposta de plano de recuperação europeu que destina 15,3 mil milhões a Portugal

António Costa otimista sobre proposta de plano de recuperação europeu que destina 15,3 mil milhões a Portugal

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje estar otimista em torno de um desfecho positivo, já esta segunda-feira, nas negociações sobre o plano de relançamento da economia europeia pós-crise da pandemia de Covid-19, considerando que a concretização da proposta de acordo para o Fundo de Recuperação constituirá “um passo histórico”.
António Costa otimista sobre proposta de plano de recuperação europeu que destina 15,3 mil milhões a Portugal

“Na combinação entre empréstimos e subvenções acho que ficaremos com um fundo que terá 700 mil milhões de euros”, referiu o chefe do Governo português, apontando que deste valor 390 mil milhões serão subvenções e que “qualquer ajuste que haja será para cima”.

“Acho que é um bom acordo. Ficou no limite do que seria um acordo robusto para responder a esta primeira fase da crise”, disse António Costa, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, antes do retomar dos trabalhos do Conselho Europeu, acrescentando que “é, de qualquer forma, um passo histórico ser constituído um fundo desta natureza”.

António Costa referiu-se, depois, aos valores da proposta para o Fundo de Recuperação que estarão previstos para Portugal.

“Salvo alguma peripécia da tarde de hoje, aquilo com que podemos contar relativamente ao fundo de recuperação, no que respeita a Portugal, é uma verba de 15,3 mil milhões de euros, com execução prevista entre janeiro de 2021 e 2026”, revelou.

“É uma verba que nos impõe uma enorme responsabilidade, porque acresce à conclusão do atual Portugal 2020, como acresce ao futuro quadro financeiro plurianual, portanto dá uma oportunidade muito significativa ao país para poder responder com energia à crise”, disse ainda.

O Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas, prolonga-se esta segunda-feira, pelo quarto dia consecutivo de trabalhos, em busca de um acordo final em torno do Plano de Recuperação da economia europeia pós-crise da pandemia de Covid-19, assim como em relação ao Quadro Financeiro Plurianual 2021-27, um processo que o primeiro-ministro português reconhece como “difícil”, mas imprescindível para o futuro do projeto comum, tendo advertido, no domingo, que caso esse esforço não produzisse resultados seria “uma péssima notícia para a Europa” e para os cidadãos europeus.

António Costa tomou ontem parte num vasto conjunto de reuniões preparatórias de um último esforço para alcançar um compromisso, a primeira das quais com os seus homólogos de Espanha, Itália e Grécia e ainda a chanceler alemã Angela Merkel, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e Charles Michel, respetivamente.

De seguida, o primeiro-ministro português participou numa reunião que juntou à mesma mesa os países com posições mais opostas, os do sul – Portugal, Espanha, Itália e Grécia – e o quarteto de ‘frugais’ – Holanda, Suécia, Áustria e Dinamarca -, acompanhados da Finlândia. Por fim, António Costa tomou parte num encontro promovido por Merkel, que juntou Portugal, França, Itália, Espanha, Grécia, Letónia, Hungria, Croácia, Irlanda e Polónia.