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António Costa destacou consenso sobre prioridades para o futuro do projeto europeu

António Costa destacou consenso sobre prioridades para o futuro do projeto europeu

No rescaldo da cimeira informal dos líderes europeus, que decorreu na passada sexta-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, assinalou que do encontro de Bratislava resultou uma posição consensual entre os Estados-membros de que a União Europeia se debate com problemas estruturais graves e sobre quais as prioridades a seguir.
António Costa em Madrid

“Em primeiro lugar, houve um consenso de todos em verificar o óbvio, que não é possível esconder o sol com a peneira e que, objetivamente, a Europa confronta-se com problemas estruturais graves, desde a união económica e monetária, à questão das migrações, à ameaça terrorista, e à segurança externa”, afirmou António Costa, numa declaração no final do encontro.

“Houve, em segundo lugar, um consenso sobre quais são as prioridades sobre as quais a Europa tem que se concentrar, e sobretudo sobre o método”, disse ainda.

Responder às necessidades dos cidadãos

António Costa esclareceu que “mais do que andar a reabrir discussões sobre tratados, mais do que discutir questões institucionais, há que responder positivamente àquilo que são as necessidades dos cidadãos, que pedem maior segurança contra o terrorismo, que pedem maior solidariedade no esforço que temos que fazer para acolher os refugiados, maior eficácia na promoção do crescimento e na criação de emprego, uma política mais ativa de cooperação para o desenvolvimento com África, de forma a termos uma relação mais equilibrada entre os dois continentes”.

“Estas são as nossas prioridades e correspondem, na essência, àquilo que foi o discurso sobre o estado da União do Presidente Juncker, que foi, aliás, saudado pelo Conselho, e que servirá de coluna vertebral daquilo que é o road-map que vamos desenvolver”, afirmou.

Referindo que o encontro de Bratislava possibilitou um diálogo “muito construtivo”, o chefe do Governo português congratulou-se pela vontade comum demonstrada por todos os 27 para “resolvermos em conjunto as dificuldades”.

António Costa sublinhou ainda que esta cimeira, que tinha por objetivo traçar um diagnóstico, discutiu as propostas que já eram conhecidas, que vieram da Comissão, bem como um conjunto de “propostas novas que vieram das várias lideranças”.

“Vamos ter sequência, quer nos conselhos formais que terão lugar em outubro e novembro, quer num novo conselho informal que terá lugar em Malta no princípio de 2017, e finalmente, com o conselho que terá lugar em março em Roma, a propósito do aniversário do Tratado de Roma e em que será consagrada a resposta da União a esta situação que temos vivido”, afirmou ainda o líder do Governo português.