home

Ana Catarina Mendes repudia comportamento do Chega pela descredibilização da democracia

Ana Catarina Mendes repudia comportamento do Chega pela descredibilização da democracia

“Não há nenhuma violação da lei das incompatibilidades por parte de qualquer membro do Governo”. A garantia foi deixada esta sexta-feira, na Assembleia da República, pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que repudiou o comportamento do Chega por insistir em lançar a “desconfiança generalizada” sobre as instituições democráticas.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Ana Catarina Mendes

O Governo foi hoje ao Parlamento rejeitar uma vez mais o que considera ser uma insidiosa acusação do Chega, de que há membros do executivo cobertos por um manto de suspeição por não respeitarem a lei das incompatibilidades, com a ministra Ana Catarina Mendes a acusar o partido da extrema-direita de apenas estar preocupado em gerar ‘soundbytes’.

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares intervinha na abertura da interpelação parlamentar do Chega sobre alegadas ilegalidades perante a lei das incompatibilidades, rejeitando a governante, “em absoluto”, como referiu, que haja alguém no Governo que esteja a violar a lei, lembrando que os políticos estão hoje sujeitos perante a atual legislação a uma “apertada malha de registos de impedimentos e conflitos de interesses”.

De acordo com a ministra, “é assim que se constrói a democracia e se cria transparência”, sublinhando que na altura em que surgiram dúvidas sobre a lei que regula estes impedimentos, o Governo “solicitou de imediato” um parecer ao Conselho Consultivo da Procuradoria-geral da República, que considerou que a lei “mantinha toda a atualidade”, recordando, a propósito, que a lei sobre as incompatibilidades foi aprovada por maioria esmagadora em 2019, “apenas com voto contra do CDS-PP”.

Que não restem dúvidas, defendeu a ministra, de que o Governo “cumpre a lei e que a cumpre com conforto, respaldado nos pareceres da Procuradoria-geral da República”, acrescentando que a lei em vigor “mantém as soluções jurídicas à luz das quais o parecer foi emitido”.

A sua batalha, declarou Ana Catarina Mendes, apontando para André Ventura, “não é a da transparência nem pela democracia”, mas um “combate pela desinformação, pelo ruído e que procura corroer as instituições democráticas”, tendo acusado o Chega de ter avançado com uma interpelação ao Governo apenas com o objetivo de “lançar um anátema sobre todas as instituições democráticas” e de estar apostado na construção de “um novo regime”.

Ainda de acordo com a ministra, o debate sobre esta lei só existe porque todas as declarações de rendimento, património, interesses, incompatibilidades, impedimentos e registo de interesses dos políticos “são entregues no Tribunal Constitucional, publicadas na Internet e disponíveis para todos”.

Descartável é, contudo, para a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, a tentativa permanente do Chega de tentar descredibilizar as instituições e de “manter e alimentar” um clima de suspeição sobre tudo e sobre todos e de estar permanentemente a “colocar areia na engrenagem das instituições democráticas”.

Ana Catarina Mendes mostrou-se confiante de que este debate parlamentar tenha dado mais um contributo para “enaltecer os princípios do Estado de Direito democrático”, assegurando que o Governo não vai, em momento algum, renunciar a princípios como a “separação de poderes, legalidade democrática e transparência”, voltando a defender que o parlamento é o “guardião da democracia e das suas instituições”, e que não existe democracia “sem um parlamento forte, fiscalizador e democrático”, do mesmo modo que “não há democracia sem políticos”.

ARTIGOS RELACIONADOS