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Almeida Santos: “José Sócrates vai fazer tudo o que puder para minimizar os efeitos da …

Almeida Santos: “José Sócrates vai fazer tudo o que puder para minimizar os efeitos da …

O presidente do PS, Almeida Santos, afirmou hoje que o Presidente da República “não tem grande margem que não seja marcar eleições”, considerando trágico que provavelmente, com o chumbo do PEC, Portugal terá que pedir apoio externo.

Em declarações à Agência Lusa, o ex-presidente da Assembleia da República Almeida Santos afirmou que Cavaco Silva “se alguma coisa deveria ter feito, devia tê-lo feito antes da consumação” do chumbo do PEC 4 na Assembleia da República.
“Esta decisão arrastou a demissão do primeiro-ministro, o primeiro-ministro está demissionário e o Presidente da República não tem grande margem para não aceitar a demissão e também não tem grande margem para evitar eleições”, disse.
Para Almeida Santos isto “é trágico para o país pela razão simples que este PEC se destinava a evitar que Portugal tivesse que pedir apoio externo” e que o país estava em vias de o conseguir.
“Agora provavelmente teremos que pedir. Esta crise ameaça ser mais grave que qualquer uma das anteriores, pelo menos posteriores ao 25 de Abril”, observou.
O presidente do PS criticou o facto de na Assembleia da República os partidos da oposição não terem falado em crise na quarta-feira.
Almeida Santos salientou ainda que “as oposições trataram muito mal o Governo” e que fizeram “uma convergência negativa”.
“É quase um milagre que os dois partidos de esquerda se tenham posto de acordo com os dois partido de direita para derrubar o partido do centro-esquerda. Os partidos que hoje votaram como votaram sobrepuseram a ambição partidária aos interesses nacionais. Isso é muito grave e quando isso acontece o país está muito doente”, declarou.
Segundo o histórico socialista, José Sócrates “vai fazer tudo o que puder para minimizar os efeitos da crise que agora foi criada”.
“Mas provavelmente não vai evitar aquilo que ele tencionava evitar que era a dependência de um pedido financeiro externo, com intervenção direta ou indireta do FMI”, alertou.