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“A TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair”

“A TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair”

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirmou ontem no Parlamento que a TAP é "demasiado importante" para o país para que se deixe "cair", admitindo que, no caso de uma eventual ausência de acordo entre acionistas para salvaguardar o futuro da transportadora nacional, o Estado poderá assumir uma intervenção “mais assertiva” na empresa.
"A TAP é demasiado importante para o país para a deixarmos cair"

“Quando nós estamos a falar sobre a TAP nós temos de perceber que não podemos ficar limitados ao resultado da TAP enquanto empresa, porque estamos a falar daquela que é uma das maiores transportadoras nacionais” disse Pedro Nuno Santos, lembrando que “quase 90% dos nossos turistas chegam por via aérea, metade chegam pela TAP”.

“É um instrumento de desenvolvimento nacional, de promoção de emprego”, acrescentou o ministro, na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

O governante referiu, perante os deputados, que a proposta do Estado com as condições para um empréstimo de até 1.200 milhões de euros foi chumbada, na segunda-feira, pelo Conselho de Administração da empresa, em resultado da abstenção dos representantes do acionista privado, a Atlantic Gateway, perante o qual ainda irá ser submetida. Caso a proposta não seja aceite, garantiu o governante, o Estado fará “uma intervenção mais assertiva na empresa”.

“Não cederemos na negociação com o privado. Não lhe chamamos braço de ferro, chamamos defesa intransigente e firme do interesse nacional. Estamos preparados para tudo, o Governo não vai ceder nas suas condições e estamos preparados para intervencionar e salvar a empresa”, declarou.

Recorde-se que a Comissão Europeia aprovou, em 10 de junho, um “auxílio de emergência português” à companhia aérea TAP, um apoio estatal de 1.200 milhões de euros para responder às “necessidades imediatas de liquidez” com condições predeterminadas para o seu reembolso, sendo com base nesta solução, a única admitida pelas regras europeias, que o governo português está capacitado a intervir para salvaguardar um ativo estratégico para o país.