home

Vasco Cordeiro aponta “regresso ao passado” e “falta de sentido estratégico” para a Região com a governação de direita nos Açores

Vasco Cordeiro aponta “regresso ao passado” e “falta de sentido estratégico” para a Região com a governação de direita nos Açores

O presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, afirmou que a Região está a assistir, com o atual Governo de direita, a um “regresso ao passado”, com o mesmo conjunto de “práticas, vícios e dificuldades” anteriores à mudança política feita há 26 anos e com uma total “falta de sentido estratégico” para o desenvolvimento do arquipélago.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais
Vasco Cordeiro

“Este Governo é uma cópia de má qualidade daquele que cessou funções em 1996, no tempo das maiorias absolutas do PSD”, afirmou o líder socialista, que intervinha na Comissão de ilha do PS/São Miguel, na passada sexta-feira, para evidenciar preocupação com a crescente degradação, a que se tem vindo a assistir, das instituições regionais.

Referindo, desde logo, o caso da exoneração do diretor regional da Cultura, que acabou por descredibilizar “o próprio, a coligação, a Secretária Regional da tutela e o presidente do Governo”, Vasco Cordeiro sublinhou que esta degradação é também patente no forçar “da discussão e do debate de diplomas mal preparados”, sendo que o mais recente exemplo, como apontou, aconteceu com a discussão do sistema de incentivos para a aquisição de painéis fotovoltaicos – SOLENERGE, “em que o Governo se confirmou incompetente para discutir uma medida deste tipo”.

Na ocasião, e salientando ainda o completo desrespeito por aquilo que estabelece o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, no que se refere às visitas estatutárias, o socialista manifestou ter sido o ano de 2021 “o primeiro em que o Governo não visitou, por exemplo, a ilha do Corvo”.

Em matéria de degradação, Vasco Cordeiro referiu, também, os recorrentes casos de instabilidade a que se assiste dentro da própria coligação e a recente situação ocorrida na Portos dos Açores, com o comandante Lizuarte Machado, para manifestar que o que não falta na administração pública são exemplos “de ameaças veladas e de constrangimentos a funcionários”.

Projeto do PO Açores 2030 foi “simulacro de diálogo”

Mas Vasco Cordeiro manifestou ainda a sua preocupação quanto a um conjunto de aspetos centrais ao futuro da Região, que considera estarem a ser decididos “sem qualquer ponderação, reflexão ou sentido estratégico”, sendo disso exemplo a anteproposta do Programa Operacional (PO) Açores 2030.

“Tivemos um simulacro de diálogo promovido pelo Governo e, a maior prova de que foi um simulacro é que vinte minutos depois do último partido ter sido ouvido, já havia uma versão escrita da anteproposta, colocada para consulta pública”, referiu o socialista, para destacar a ausência completa de estratégia.

Para Vasco Cordeiro, “este PO é uma cópia, mais uma vez de má qualidade, daquilo que foi feito no anterior Programa Operacional, mas também daquilo que são as opções da União Europeia ou das opções definidas a nível nacional”, sendo que este Governo não entende que a realidade atual implica desafios diferentes e, por isso, exige respostas diferentes.

“Este PO prefere manter o status quo, do que fazer as transformações que são necessárias neste momento da nossa vida”, referiu.

“Temos cinco partidos, todos eles, responsáveis pela situação que temos”, considerou ainda Vasco Cordeiro, observando que é o Partido Socialista quem tem sabido manter-se como o referencial de “tranquilidade, de coesão e de sentido institucional” na Região.

ARTIGOS RELACIONADOS