«solidariedade e determinação portuguesa para lutar pela afirmação do euro»
«Num momento em que a Europa está atacada naquilo que é um dos seus instrumentos essenciais – o euro -, é preciso voltar a afirmar a completa determinação de todos os países europeus na defesa de um dos instrumentos do seu projecto político»
afirmou o Primeiro-Ministro acerca da cimeira dos países da zona euro que se realiza na noite de 7 de Maio, na conferência de imprensa com o Primeiro-Ministro francês, François Fillon, no final do quarto encontro de Alto Nível Luso-Francês, em Paris. José Sócrates expressará a «solidariedade e determinação portuguesa para lutar pela afirmação do euro, pela solidez do euro e pela estabilidade do euro».
O Primeiro-Ministro francês, pelo seu lado, reafirmou que «a situação de Portugal não tem absolutamente nada de comparável com a da Grécia», «nem ao nível do défice, nem da dívida pública, nem das estatísticas, nem sequer das perspectivas», sublinhou François Fillon.
O PM português, questionado por jornalistas acerca dos grandes investimentos públicos, afirmou que serão revistos apenas aqueles que ainda não estão adjudicados, uma vez que as responsabilidades para o Estado de cancelar contratos seriam superiores às de os executar: «O Governo está a olhar para todos os concursos que ainda estão a decorrer com o objectivo de os analisar um a um. Não estamos fechados a nada. Agora, o que está já adjudicado é para prosseguir e espero que todos entendam isso». Por em causa os contratos já adjudicados «seria pior, porque as responsabilidades para o Estado seriam superiores àquelas que advêm de conduzir esses investimentos».
«Com franqueza – acrescentou José Sócrates -, considero um pouco ridícula a ideia que tudo o que está a acontecer na especulação financeira contra Portugal, contra Espanha e contra outros países e contra a Europa se deve aos investimentos que o nosso País está a fazer».