Lamentando que “o centro das preocupações” da Iniciativa Liberal seja o setor privado, Joana Lima começou a sua intervenção na interpelação da IL ao Governo sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde a recordar que “o Orçamento para a saúde deste ano é o maior de sempre”, com quase 15 mil milhões de euros.
Há um ano, a Iniciativa Liberal reclamava “melhorias operacionais significativas ao nível dos pagamentos em atraso a fornecedores”. Ora, hoje a redução dos pagamentos em atraso a fornecedores externos, face ao período homólogo, é de 154 milhões de euros, a redução da dívida vencida a estes fornecedores é de 199 milhões de euros e a redução do valor total da dívida é de 196 milhões de euros, indicou.
A socialista lembrou que, em dezembro de 2022, o Governo “aprovou uma injeção extraordinária de 1.040 milhões de euros para os hospitais do SNS, para pagamentos a fornecedores externos”.
“Este reforço veio permitir que as entidades hospitalares terminassem o ano de 2022, pela primeira vez, sem stock de pagamentos em atraso”, algo que Joana Lima considerou ser um “resultado histórico no caminho da consolidação orçamental do SNS”.
A deputada do PS frisou que o “orgulho” dos socialistas com as contas certas “é sentir que os portugueses sentem que o SNS está forte” e sublinhou que os bons resultados resultam das “políticas públicas de saúde, mas também do corpo de profissionais de saúde”.
Joana Lima voltou a criticar a “cegueira ideológica” da Iniciativa Liberal em relação ao privado e garantiu que, se fosse por este partido de direita, “acabava-se com o SNS e passava tudo para as mãos dos privados”.
Por sua vez, o Governo do PS “recorre sempre que necessita ao privado, mas priorizando o reforço do SNS, que é a nossa matriz e o garante da saúde para os portugueses”, salientou.
Joana Lima concluiu a sua intervenção agradecendo à Iniciativa Liberal a oportunidade de, com este debate, se poder “mostrar aos portugueses o quanto é prioritário para o Governo socialista o reforço do SNS e o sistema de saúde em geral”.
