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Redução das emissões até 2030 “em linha” com trajetória portuguesa

Redução das emissões até 2030 “em linha” com trajetória portuguesa

O primeiro-ministro, António Costa, realçou em Bruxelas, no final da reunião do Conselho Europeu, que decorreu na quinta e sexta-feira da passada semana, que a meta de redução das emissões em 55% até 2030, proposta na cimeira, está “em linha” com a trajetória portuguesa.
Redução das emissões até 2030 “em linha” com trajetória portuguesa

“Está em linha com o que é o nosso projeto nacional de energia e clima e está em linha com o facto de termos sido o primeiro país a assumir o compromisso de neutralidade carbónica em 2050”, referiu António Costa, que falava em conferência de imprensa, à saída da cimeira europeia.

Sublinhando que o Conselho Europeu discutiu “as novas metas que a Comissão Europeia propõe” no combate às alterações climáticas, o primeiro-ministro referiu ainda que, para o continente europeu cumprir a meta de atingir neutralidade carbónica em 2050, “o esforço maior tem de ser feito já nesta primeira década, daqui até 2030”.

“Grande consenso” sobre parceria estratégica com África

O chefe do Governo português destacou também o “grande consenso” entre os líderes da União Europeia no desenvolvimento de uma “parceria estratégica” com África.

“Queria sublinhar o grande consenso que reuniu o objetivo do desenvolvimento de uma parceria estratégica com o continente africano”, referiu António Costa, sublinhando que esta parceria continuará a ser desenvolvida durante a presidência portuguesa do Conselho Europeu, que começa a 1 de janeiro.

“É uma parceria estratégica que vai ter uma maior consolidação na cimeira que a UE vai realizar com a União Africana [UA] durante a presidência alemã, e que terá seguramente de ser desenvolvida nas presidências seguintes, desde logo na presidência portuguesa”, afirmou.

“Por todas as razões e mais uma, África é, naturalmente, um parceiro estratégico da Europa, neste mundo global e no esforço comum de termos uma cooperação, um respeito dos interesses mútuos, e na importância que temos todos em contribuir para o desenvolvimento deste continente nosso vizinho”, completou António Costa.

“Tópico fundamental” da presidência portuguesa

Também o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, realçou que este será um “tópico fundamental” da presidência portuguesa, adiantando que se mantém prevista uma cimeira sobre o tema em 2021, a realizar em “momento oportuno”, conforme “a evolução da pandemia, quer na Europa quer em África”.

“Entretanto, e bem, haverá uma primeira reunião que congregará os chefes de Estado e de Governo da UE, que estão em Bruxelas em 9 de dezembro para um Conselho Europeu, e do lado africano estão previstos a presidência da UA, a presidência da comissão da UA e presidência de várias organizações sub-regionais africanas”, referiu.

De acordo com Santos Silva, “isso é, em si mesmo, um facto positivo porque permitirá continuar a desenvolver uma agenda de parceria e cooperação entre a Europa e a África. E uma das responsabilidades principais da próxima presidência portuguesa da UE será justamente desenvolver e aplicar essa agenda”.

“No programa da presidência portuguesa da UE, a relação entre a União e a UA é um dos tópicos fundamentais, como se verá a devido tempo quando o programa da presidência portuguesa for apresentado publicamente, no próximo mês de dezembro”, sublinhou.