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Apoios às famílias: PS denuncia “caridadezinha” e “paternalismo” do PSD

Apoios às famílias: PS denuncia “caridadezinha” e “paternalismo” do PSD

O presidente do Grupo Parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou hoje que o vale alimentar proposto pelo PSD é “uma espécie de caridadezinha” e de um “paternalismo” oposto à ideia de solidariedade social, que um partido progressista como o PS não pode aceitar.

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Eurico Brilhante Dias

“O programa de emergência social do PPD-PSD não aguentou nem 20 dias”, salientou Eurico Brilhante Dias, que reagia, em declarações à agência Lusa, às medidas apresentadas hoje pelo líder parlamentar do PSD no valor de 1,5 mil milhões de euros, que aumentam o montante inicial de mil milhões anunciado pelo presidente dos sociais-democratas em meados de agosto na Festa do Pontal, em Faro.

“Depois de o PPD-PSD fazer uma crítica continuada ao governo de que não apresentava um pacote completo e que ia apresentando progressivamente medidas em áreas diferentes, o PSD hoje apresenta mais umas medidas, altera o valor e por isso acaba por ser vítima da sua própria crítica, não percebendo que quem governa com elevado nível de incerteza, à saída de uma pandemia, com uma guerra, tem muitas vezes circunstâncias em que precisa de adaptar progressivamente os instrumentos”, apontou.

Eurico Brilhante Dias deixou ainda duras críticas a uma das propostas do PSD de um vale alimentar para os reformados e pensionistas com menos recursos considerando que “é muito diferente apresentar uma prestação social, que é rendimento para as famílias, do que apresentar um vale alimentar”.

“Um vale alimentar é querer conduzir os mais pobres, tipificando o tipo de consumo que podem fazer, e isso nós não subscrevemos. É uma espécie de caridadezinha que é o oposto da ideia de solidariedade social que temos”, condenou.

Os portugueses “têm cabeça, são autónomos, são independentes e numa sociedade livre em função do rendimento disponível tomam as suas opções”, observou o líder parlamentar socialista, que considera, por isso, que a proposta de um vale alimentar “é uma ideia ultrapassada, de um paternalismo para com os portugueses que uma cidadania adulta não pode admitir e muito menos um partido progressista como é o PS pode aceitar”.

Em relação à proposta do PSD de redução do IVA da energia para 6%, o dirigente socialista sublinhou que “o governo tem-se batido em Bruxelas por medidas que permitam apoiar os portugueses”, apontando como exemplos o mecanismo ibérico e a negociação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“O governo vai apresentar o pacote no dia 05 [de setembro] e nesse momento apresentará esse conjunto de medidas que terão impacto na vida dos portugueses”, concluiu.

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