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Portugal saúda consenso “histórico” sobre a Ucrânia

Portugal saúda consenso “histórico” sobre a Ucrânia

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia chegaram ontem a acordo, no Conselho Europeu, em abrir negociações para a integração da Ucrânia e da Moldova. Decisão que o primeiro-ministro, António Costa, considerou “histórica”, elogiando a “forma elegante” como se ultrapassou o “impasse húngaro”.

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António Costa

Ao contrário do que muitos vaticinavam, o Conselho Europeu aprovou ontem em Bruxelas a abertura de negociações formais com a Ucrânia e com a Moldova de adesão à União Europeia. Houve ainda “um forte impulso”, como também lembrou o primeiro-ministro, António Costa, para que as negociações possam ser igualmente estendidas aos países dos Balcãs Ocidentais.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, momentos antes, tinha declarado ser um “sinal de esperança” para os cidadãos destes dois países, e para a Europa, a decisão de abrir formalmente as negociações de adesão à União Europeia da Ucrânia e da Moldova, um consenso que só foi possível, como mais tarde também foi referido, porque o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, saiu da sala momentos antes da votação, desbloqueando deste modo o impasse que estava a ser criado pela Hungria.

Para António Costa, esta ausência estratégica no momento da votação, prevista, aliás, nos Tratados da União Europeia, como recordou, e que “certamente terá sido previamente acordada com o primeiro-ministro húngaro”, permitiu que a tão desejada unanimidade fosse encontrada, lembrando o primeiro-ministro português que Viktor Orbán sempre afirmou não querer bloquear a decisão de o Conselho Europeu, mas apenas “não querer a ela estar associado”.

A solução partiu, segundo António Costa, do chanceler alemão, Olaf Scholz, o que permitiu contornar a posição até aí irredutível do Governo de Budapeste, que há várias reuniões do Conselho Europeu “insistia que era necessário fazer uma discussão estratégica sobre o relacionamento da União Europeia com a Ucrânia”.

Apesar do desfecho positivo encontrado para este imbróglio, o primeiro-ministro, António Costa, não deixou, contudo, de criticar a postura do homólogo húngaro, censurando “alguns países” que insistem em pensar que podem substituir-se à Comissão Europeia e “fazer a sua própria avaliação”. Lamentou, assim, que a Hungria tivesse persistido na ideia de que a Ucrânia “não cumpre os requisitos necessários para poder aderir à União Europeia”.

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