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Portugal alinhado com “agenda ambiciosa” de Guterres e de Paris

Portugal alinhado com “agenda ambiciosa” de Guterres e de Paris

O primeiro-ministro português participa hoje, em Paris, na cimeira do clima, intitulada “One Planet”, uma iniciativa do Presidente francês, Emmanuel Macron, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do Banco Mundial, onde Portugal reforça a sua posição na linha da frente do combate às alterações climáticas e no compromisso com as metas assumidas.
Portugal alinhado com “agenda ambiciosa” de Guterres e de Paris

Na antevisão do encontro, que assinala o segundo aniversário sobre a assinatura do Acordo de Paris, António Costa manifestou plena comunhão com a agenda reformista “ambiciosa” que o secretário-geral das Nações Unidas tem imprimido, na qual o combate às alterações climáticas assume posição cimeira, aproveitando para deixar um rasgado elogio ao primeiro ano de mandato de António Guterres.

“Há um ano, assistimos com orgulho e emoção ao juramento de António Guterres sobre a Carta das Nações Unidas. Como secretário-geral tem aberto caminhos para a paz e congregado apoios para a sua agenda de reformas para um mundo mais justo e solidário”, referiu o líder do Governo.

António Costa fez ainda votos para que os próximos anos do mandato do líder das Nações Unidas sejam “de plena concretização dos objetivos que fixou para a sua ambiciosa agenda: Na defesa da paz, dos Direitos Humanos, no combate às alterações climáticas, na transição digital e na garantia de uma vida digna para todos”.

Neutralidade carbónica em 2050

A cimeira de Paris, que reúne mais de meia centena de chefes de Estado e de Governo, arrancou com um almoço oficial oferecido pelo Presidente da República de França, seguindo-se, ao início da tarde, a Sessão de Líderes, na qual o primeiro-ministro português intervirá num painel temático dedicado à transição para uma economia de baixo carbono. A anteceder a sessão de encerramento, será adotada a declaração da Cimeira visando a neutralidade carbónica em 2050.

“Deverá resultar deste encontro uma declaração formal, uma coligação, para a neutralidade carbónica em 2050, a qual Portugal está muito empenhado em poder assinar e esperamos que se associe o maior número de países possível”, assinalou, a propósito, o ministro do Ambiente João Matos Fernandes, que acompanha o líder do Executivo na cimeira.

Recorde-se que em 2016, António Costa anunciou o objetivo de Portugal ser neutro em carbono em 2050, o que deu origem à elaboração do roteiro de neutralidade carbónica, um trabalho que está em curso.

Matos Fernandes realçou também que Portugal “é um dos países que tem uma maior quota de energia elétrica produzida a partir de energias renováveis”, apontando ainda ao investimento de “cerca de 200 milhões de euros para reforçar a resiliência do litoral” e que “as frotas das empresas de transportes coletivos de Lisboa e do Porto estão a ser substituídas para autocarros de elevadíssima performance ambiental”.