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Políticos têm de discutir relação entre ambiente e cancro da mama

Políticos têm de discutir relação entre ambiente e cancro da mama

A deputada do PS Edite Estrela alertou hoje, em Estrasburgo, para a relação entre o ambiente e o cancro da mama – que provoca uma morte a cada 50 segundos – e considerou-os “flagelos” que devem estar no centro das preocupações dos políticos.

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Edite Estrela, Conselho da Europa

A Rede de Parlamentares de Referência por um Ambiente Saudável, presidida por Edite Estrela, organizou, juntamente com o grupo Women@PACE, uma reunião sobre a correlação entre o ambiente e o cancro da mama, no âmbito do ‘outubro rosa’, tendo sido muito participada.

“Estes dois flagelos deveriam estar no centro das preocupações de todos os políticos e não apenas no mês de outubro, nomeadamente a tripla crise que vivemos – poluição, sobreaquecimento climático e colapso da biodiversidade – e o cancro da mama, uma forma de cancro que é mais comum entre as mulheres e que provoca uma morte a cada 50 segundos”, frisou a também vice-presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa na abertura do encontro.

Carole Mathelin, médica hospitalar especializada em cirurgia do cancro da mama que desenvolveu um projeto de investigação para estabelecer a ligação entre o ambiente e o cancro da mama – que foi convidada por Edite Estrela para participar na reunião –, assegurou que “o ambiente tem claramente um impacto no desenvolvimento do cancro da mama”.

No entanto, “a noção de ambiente é complexa e abrange vários fatores de risco”, como estilo de vida e comportamento (atividade física, sedentarismo, excesso de peso), influências culturais e sociais (consumo de álcool, tabaco, tratamentos hormonais), reprodução (idade da primeira gravidez, número de filhos, amamentação, gravidez tardia), sem esquecer os agentes químicos como pesticidas, poluentes industriais e metais, clarificou.

Estiveram presentes na reunião o embaixador português junto do Conselho da Europa, Gilberto Jerónimo, e os deputados do Partido Socialista Isabel Moreira e Pedro Cegonho.

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