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Percursos de liderança no centro da agenda

Percursos de liderança no centro da agenda

O tema da Liderança está na agenda política internacional ao mais alto nível. Esta semana, no primeiro debate dos candidatos a Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres afirmou que “o mundo precisa de liderança e valores” e apontou a igualdade de género como um dos principais valores a promover no seu mandato e como uma questão essencial à promoção da justiça social e do desenvolvimento em todo o Mundo.

 

O debate que ontem o DNMS-Novas Lideranças promoveu, através de testemunhos sobre percursos de liderança no feminino e no masculino, evidenciou de forma clara que estamos a desperdiçar potencial humano quando, depois do alto investimento, com sucesso na qualificação das mulheres (60% dos licenciados e 60% dos doutorados são mulheres), não criamos condições, antes pelo contrário, erguemos obstáculos, à sua participação ativa nos processos de decisão.

Segundo a ONU, as mulheres constituem o recurso mais inexplorado da humanidade.

Deste debate resulta a ideia de que são múltiplos os fatores que se conjugam para a afirmação de percursos de Liderança. A aposta no conhecimento, na inovação, na capacidade de comunicar e transmitir ideias de forma clara e convincente e de motivar pessoas para os projetos mobilizadores é fundamental. Mas é igualmente fundamental, para não desperdiçarmos potencial criativo, que se promovam estratégias de conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal para mulheres e para homens, de modo a que os tempos ocupados na carreira e no cuidado à família se possam distribuir de forma equitativa.

Resultados de estudos internacionais diversos sugerem que a presença de mulheres em posições de liderança pode melhorar o desempenho financeiro das empresas. Os ganhos são maiores quando é maior a proporção de mulheres na chefia. Companhias que aumentaram a presença de mulheres em até 30% em cargos de alta hierarquia viram, em média, um crescimento de 15% em sua rentabilidade. Contudo, também adiantam que a trajetória de Liderança deve ser estimulada e preparada desde à infância, nas escolas de ensino básico.

Muitas empresas querem de igual modo aumentar a participação das mulheres para aumentar a diversidade ao nível da comunicação, persistência perante dificuldades, flexibilidade, ponderação e estabelecimentos de convergências alargadas de vontade, ou seja, introduções profundas nas culturas organizacionais e introdução de novos estilos de liderança com eficácia em termos de resultados e bem-estar.

Neste debate “Liderança e Género”, que ontem foi promovido na sede do PS, a sessão de abertura contou com a presença de Porfírio Silva, membro da comissão permanente do PS, em representação da Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, e de Elza Pais, Presidente do DNMS.

O painel onde os percursos de liderança foram abordados de forma dinâmica teve como moderadora a jornalista da RFM Carla Rocha e como oradores Ana Claudia Sá, diretora Geral BEL, Margarida Pereira, membro da direção da PWN Lisbon e Partner Financeira da Deloitte, Domingos Guimarães, CEO de uma Start Up e Anabela Pereira da Silva, presidente da APME.

O comentário final foi feito pela professora doutora Anália Torres, especialista em Igualdade e Género. Eduardo Cabrita, ministro Adjunto do primeiro-ministro e Edite Estrela, presidente da Comissão Política do DNMS encerraram este debate.

 

Acção Socialista