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País não precisava de um “debate sobre o estado da oposição” a 15 dias do debate do Estado da Nação

País não precisava de um “debate sobre o estado da oposição” a 15 dias do debate do Estado da Nação

O presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, considerou hoje, no Parlamento, que a moção de censura ao Governo apresentada pelo Chega não passa de uma “disputa interna quanto à liderança da oposição à direita” e assinalou que essa mesma disputa tem “pouca adesão à realidade concreta da vida dos portugueses”.

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Eurico Brilhante Dias

“Os portugueses confiaram no PS e no primeiro-ministro António Costa”, dando-lhe uma maioria absoluta, que é o “salvo conduto dos portugueses para uma vida política mais estável”, frisou o líder parlamentar do Partido Socialista durante o debate da moção de censura ao Governo.

Para Eurico Brilhante Dias, “aquilo que temos hoje é apenas um cenário onde os partidos à direita e, em particular, o da extrema-direita se apresenta como ‘challenger’ do outro partido da oposição numa disputa que nada tem a ver com os problemas dos portugueses, mas apenas com uma disputa interna quanto à liderança da oposição à direita”.

O presidente da bancada do PS notou depois que, a 15 dias do debate do Estado da Nação, ninguém precisava de “um debate sobre o estado da oposição à direita”. Ora, este é um “debate sobre se o Dr. Montenegro é um ‘Rio 2’ ou um ‘Rio 3’, se o Dr. Montenegro é mais passista ou menos passista”, ironizou numa referência a Rui Rio e a Pedro Passos Coelho, acrescentando que é também um debate sobre “se o Dr. Montenegro é, de facto, o presidente do PPD/PSD que o deputado André Ventura desejava, se o presidente do PPD/PSD será aquele companheiro que o deputado André Ventura tinha, por exemplo, em 2013 quando ainda era candidato do PPD/PSD à câmara municipal de Loures”.

Eurico Brilhante Dias lembrou em seguida que o Governo do PS tem projeções positivas de várias instituições: “O PIB cresce, segundo o Banco de Portugal, 6,3%; o desemprego está em mínimos das últimas décadas – 6%; o crescimento das exportações, o crescimento do investimento estrangeiro e até nos impostos temos mais progressividade fiscal e temos a redução do PEC”.

“Este Governo que faz crescer a economia e faz baixar o desemprego” compara com o anterior Governo do PSD/CDS “de redução do PIB, de aumento de desemprego e de um enorme aumento da carga fiscal”, salientou o líder parlamentar do PS, que asseverou que esse Governo da direita “merecia uma moção de censura, mas na altura era apoiado pelo presidente do PPD/PSD e pelo atual presidente do Chega”.

Ressalvando que “a direita não convive bem democraticamente com um Governo que faz diminuir o desemprego”, Eurico Brilhante Dias deixou um recado à bancada do PSD: “Os senhores têm hoje uma moção de censura que é verdadeiramente uma moção de censura contra o PPD/PSD. Não percebo como é que não votam contra; abstêm-se numa moção de censura que é contra o PPD/PSD, não é contra o Governo”.

No final da sua intervenção, o presidente do Grupo Parlamentar do PS garantiu que o mandato do Governo é a “estabilidade”. “E é essa estabilidade aos portugueses que garantimos para continuar a resolver problemas”, assegurou.

O primeiro-ministro concordou com o presidente da bancada socialista quanto aos verdadeiros alvos da moção de censura: “Como vimos, era uma moção de censura à oposição, era uma competição da oposição para saber quem diz pior do Governo”.

“O nosso campeonato não é o de dizer pior, é o de fazer melhor e sabemos que trabalhando faremos melhor”, vincou António Costa.

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