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"os portugueses compreenderão e participarão neste esforço patriótico"

"os portugueses compreenderão e participarão neste esforço patriótico"

Francisco Assis disse depois da reunião da Comissão Política do Partido Socialista, que “os portugueses compreenderão e participarão neste esforço patriótico”.

Na conferência de Imprensa, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, considerou que as medias de austeridade tomadas pelo Governo exigem um esforço de concertação social e de explicação aos portugueses, mas salientou que o primeiro ministro “está de consciência tranquila”.

Francisco Assis afirmou que se verificou “uma alteração profunda das circunstâncias” ao nível internacional e que os governos “não podem estar prisioneiros de dogmas”.

“Perante uma alteração profunda das circunstâncias, teria de haver uma alteração profunda da natureza das respostas. Não é com agrado que o Governo tomou estas medidas”, observou.

Questionado sobre se o PS não sairá penalizado na popularidade, considerou que “os raciocínios de natureza eleitoral são a última coisa que deve preocupar o partido”.

“Essa questão é completamente irrelevante no momento actual”, considerou Assis. “Há um esforço de explicação, de envolvimento e de concertação social a fazer. Não apenas uma concertação interpartidária, há também uma concertação social a fazer”, sublinhou.

Além do papel que os socialistas terão de desempenhar juntos das confederações sindicais, Assis referiu ainda que “há um esforço sério de explicação aos portugueses”. “Estou certo que, se houver esse esforço sério, os portugueses compreenderão e participarão neste esforço patriótico. Este não é um momento de impor, mas de ir ter com as pessoas e explicar as medidas às pessoas”, sustentou.

De acordo com o líder parlamentar do PS, apesar de as medidas hoje anunciadas pelo Governo serem duras, “reflectem preocupações de justiça social, porque há numa distribuição do esforço”.

“No entanto, em Portugal, não podemos viver num estado de alienação em relação à realidade internacional a ponto de continuarmos a reclamar coisas que são impossíveis nas actuais circunstâncias. Penso que as confederações sindicais compreenderão isso”, disse.

Assis adiantou que o principal partido da oposição “compreendeu – e bem – que caso fosse associada uma crise política a esta crise com que estamos confrontados isso teria efeitos muito negativos para o país”.